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03 Dez 2021

Desconstrução “pesada” do prédio Coutinho em Viana do Castelo começa na próxima semana

Pedro Xavier

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Uma máquina giratória, com um braço que atinge 40 metros de altura, começa, na próxima semana, a fazer a desconstrução “pesada”, piso a piso, dos 13 andares do prédio Coutinho, em Viana do Castelo.

Em comunicado, a sociedade VianaPolis informou que o equipamento, “único em Portugal” chegou à obra na madrugada.

“Durante o dia de hoje será montado, prevendo-se o início destes trabalhos na próxima semana”, adianta a sociedade.

Em outubro, durante uma visita às obras de “desfardamento” [remoção de todos os materiais não inertes, madeiras, alumínios, vidros, metais, para serem reutilizados ou reciclados] do edifício, o vice-presidente da VianaPolis, Tiago Delgado, explicou que, com a desconstrução dos 13 andares, vão ser retiradas 11.200 toneladas de betão, 2.800 de tijolo, 115 de produtos cerâmicos, 360 de aço, 110 de madeira, 56 de vidro e 32 de alumínio.

A desconstrução vai custar cerca de 1,2 milhões de euros e vai estar concluída em março de 2022.

Já Cláudio Costa, da Baltor, empresa responsável pela empreitada, disse ser a primeira obra do género realizada em plena malha urbana em Portugal, destacando que “90% do material que for retirado do edifício” será para reciclagem e posterior utilização na construção de vias de comunicação, ou até no novo mercado municipal de Viana do Castelo, à qual a empresa vai concorrer.

O empreiteiro apontou a conclusão da desconstrução do prédio para março de 2022.

Conhecido localmente como prédio Coutinho, o edifício Jardim foi construído no início da década de 70 do século passado. Tem a sua desconstrução prevista desde 2000, ao abrigo do programa Polis.

O projeto, iniciado quando António Guterres era primeiro-ministro e José Sócrates ministro do Ambiente, prevê para o local a construção do novo mercado municipal.

Inicialmente, o projeto da sociedade VianaPolis previa a implosão do prédio, mas a partir de 2018 a desconstrução foi a alternativa escolhida dada a complexidade da obra, em plena malha urbana, com edifícios históricos na envolvente, e por prever o aproveitamento e a reutilização dos materiais, e causar menos impacto ambiental.

Foto: Arménio Belo

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