“Estamos a dar um salto muito grande no nosso partido, salto que se prende com a capacidade de fazermos mudanças a 30 de janeiro, dia em que o país vai assistir a uma revolução política como nunca viu na sua história”, disse hoje o presidente do Chega, André Ventura, durante a apresentação de alguns dos cabeças de lista às eleições.
Tenha o partido nove, 10, 12 ou 14% dos votos será a terceira força política do país e é aí que começa a revolução, entendeu.
Além da candidatura de Manuel Rego Moreira por Viana do Castelo, André Ventura anunciou os cabeças de lista para Setúbal (Bruno Nunes), Évora (Edalberto Figueiredo), Beja (Ana Moisão), Braga (Filipe Melo), Porto (Rui Afonso), Guarda (José Marques), Vila Real (Sérgio Ramos), Açores (José Pacheco) e Madeira (Martinho Gouveia).
Na semana passada, o líder do partido, cabeça de lista por Lisboa, apresentou os de Faro, Santarém e Viseu.
Perante os militantes e jornalistas, André Ventura admitiu que a ambição do Chega é derrubar António Costa, o PS e o PSD como principal partido da oposição porque, entendeu, votar “PS e PSD é a mesma coisa”.
“A vitória de Rui Rio no PSD confirmou o que já sabíamos, o PSD não quer ser alternativa ao PS, quer ser outro PS, quer ser um PS 2”, vincou.
Assumindo que vai percorrer todos os distritos do país e as regiões autónomas, André Ventura ressalvou que o Chega tem de ser a “voz dos descontentes”.
Por esse motivo, o partido não vai ser a “muleta de nenhum partido do sistema”, sublinhando querer ser Governo, mas não a todo o custo.
Para Ventura, se o Chega atingir os 15% das votações “dificilmente” haverá governo em Portugal sem o partido.
O Presidente da República convocou eleições legislativas antecipadas para 30 janeiro de 2022 na sequência do “chumbo” do Orçamento do Estado do próximo ano, no parlamento, em 27 de outubro.