O anúncio foi feito, em comunicado, pela empresa intermunicipal Resulima, responsável pela valorização e tratamento de resíduos sólidos de Barcelos, Arcos de Valdevez, Barcelos, Esposende, Ponte da Barca, Ponte de Lima e Viana do Castelo.
Os municípios manifestam-se “preocupados” com o aumento previsto para a recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos proposto pela ERSAR, alegando que, se a nova tabela vingar, haverá municípios cujos preços serão “cinco vezes mais elevados” do que os que se praticam atualmente.
Como exemplo, apontam só no que à taxa de gestão de resíduos (TGR), que em 2007 era de dois euros por tonelada e que passaria para 22 euros por tonelada em 2022, “perspetivando-se que em 2025 atinja os 35 euros”.
“Concretamente à proposta global de preços apresentada pela ERSAR para ser implementada pela Resulima, a manter-se como está, tal implicaria que os preços a pagar pelos municípios mais do que triplicassem”, acrescentam.
Dizem ainda que o impacto “muito significativo” desses preços obrigaria as câmaras municipais a fazer refletir esses custos na fatura dos munícipes e das empresas, “numa conjuntura que é extremamente difícil, face aos impactos sanitários, económicos e sociais que o país atravessa”.
Os municípios dizem que a sustentabilidade do setor e da empresa Resulima não pode ser posta em causa, mas sublinham que também não pode ser posta em causa a sustentabilidade económica das populações que representam e dos próprios municípios.