De acordo com o aviso hoje publicado em Diário da República (DR), o concurso público visa a aquisição de bens e serviços para o fornecimento e instalação do sistema de telegestão (SCADA) e o fornecimento de arquitetura de suporte aos sistemas de gestão e controlo de perdas de abastecimento de água.
A AdAM é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP) e em 49% pelos municípios de Arcos de Valdevez (PSD), Caminha (PS), Paredes de Coura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Valença (PS), Viana do Castelo (PS) e Vila Nova de Cerveira (PS), que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.
Três concelhos do distrito – Ponte da Barca (PSD), Monção (PSD) e Melgaço (PS) – reprovaram a constituição daquela parceria.
No aviso, a empresa especifica que o fornecimento e instalação do sistema de telegestão (SCADA) tem um preço base de 800 mil euros, e o fornecimento de arquitetura de suporte aos sistemas de gestão e controlo de perdas de abastecimento de 200 mil euros.
O prazo de execução do contrato (prazo inicial sem incluir renovações) é de um ano.
O prazo para apresentação das propostas a este procedimento concursal “termina às 18:00 do trigésimo dia a contar da data de envio do presente anúncio”, 24 de janeiro.
Em maio de 2021, em comunicado, a empresa anunciou um investimento de 13 milhões de euros, financiado pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), para combater as perdas de água, com a instalação de um sistema de telegestão, de deteção de fugas, bem como à substituição de condutas com problemas recorrentes de roturas.
A candidatura ao POSEUR para Eficiência Hídrica “visa tornar mais sustentáveis as redes de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais, reduzindo consideravelmente o volume de perda de água, bem como de afluências indevidas, contribuindo para a proteção dos recursos hídricos da região”.
Naquela nota, a AdAM apontou “o final do ano de 2021 para a instalação de medidores de caudal, em todas as infraestruturas localizadas da rede de abastecimento de água, permitindo aferir com exatidão o volume de água que entra no sistema e das perdas reais nos sete municípios”.
Já o “processo de controlo da gestão da rede de abastecimento de água, envolvendo a instalação de um sistema de telegestão que possibilitará receber e centralizar todos os dados dos equipamentos, (englobando mais de 600 pontos), permitirá também a atuação remota sobre as infraestruturas”.
“Prevê-se que este processo esteja concluído até ao primeiro trimestre de 2022”, referia a nota.
A AdAM “irá também implementar o WONE (Water Optimization for Network Efficienty), um sistema tecnológico desenvolvido dentro do grupo AdP pela Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL), que permite a redução das perdas e a otimização do sistema de abastecimento”.
“No primeiro ano de atividade, a AdAM detetou 1.884 roturas na rede e na globalidade da sua área de intervenção um volume 45,4% de perdas de água no sistema de distribuição e de 38,5% de saneamento”, destacou a empresa.
A AdAM, que gere as redes de abastecimento de água em baixa e de saneamento, começou a operar em janeiro de 2020, “dimensionada para fornecer mais de nove milhões de metros cúbicos de água potável, por ano, e para recolher e tratar mais de seis milhões de metros cúbicos de água residual, por ano, a cerca de 70 mil clientes”.