O acordo abrange quase 60 anos da música do lendário músico dos géneros ‘blues’, ‘folk’ e ‘country’, desde o seu álbum homónimo, de 1962, até ao “Rough and Rowdy Ways”, de 2020.
Bob Dylan, vencedor do Prémio Nobel da Literatura em 2016, já havia vendido os seus direitos de autor – separados dos direitos de gravação – à Universal Music, concorrente da Sony Music, no final de 2020 por uma quantia estimada em 300 milhões de dólares (cerca de 265 milhões de euros).
Os direitos de gravação abrangem os direitos de reprodução e distribuição.
Desta vez, páginas especializadas na indústria da música na Internet, como a Billboard e a Variety, adiantam um valor superior a 200 milhões de dólares (cerca de 177 milhões de euros).
De acordo com a Sony, o acordo, celebrado em julho do ano passado, mas anunciado apenas hoje, reforça uma relação de longa data com Bob Dylan, de 80 anos, que assinou em 1961 pela primeira vez com a Columbia Records, subsidiária da gigante da música.
Os titulares dos direitos de gravação podem decidir sobre futuras reedições, enquanto os titulares dos direitos de autor ganham dividendos pela reprodução ou ‘streaming’ de uma música, vendas álbuns ou utilização de publicidade e filmes.
Os reportórios dos grandes artistas têm sido objeto de várias transações importantes nos últimos meses, uma tendência impulsionada em particular pelo ‘streaming’ e pela pandemia da covid-19.
Em meados de dezembro, o músico norte-americano Bruce Springsteen – “Boss” – vendeu os direitos de autor e de gravação de todo o seu reportório à Sony por mais de 550 milhões de dólares (cerca de 485 milhões de euros).