De facto, desde o ano de 2016 que o número anual de novos residentes com origem na União Europeia tem subido de forma acentuada. Em 2016 foram registados 19 novos residentes, em 2017 já foram 31 e em 2019 o número de estrangeiros chegou a 42.
No ano de 2020 foram 60 os estrangeiros a assumir residência no concelho e no ano de 2021 atingiu-se o número máximo com 76 novos residentes. No ano passado, o número não foi muito diferente, tendo-se registado na Câmara Municipal 71 cidadãos com nacionalidades da União Europeia.
Esta estatística decorre nos procedimentos que emanam da Lei n.º 37/2006 de 9 de agosto que regula o exercício de direito de livre circulação e residência dos cidadãos da União Europeia no território nacional que prevê que “os cidadãos da União cuja estada no território nacional se prolongue por período superior a três meses devem efetuar o registo que formaliza o seu direito de residência (…) junto da Câmara Municipal da área de residência”.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Caminha, Miguel Alves, “os números de novos residentes estrangeiros só não surpreendem totalmente porque há um reconhecimento geral da capacidade de atração atual do concelho de Caminha. A beleza da paisagem, as infraestruturas existentes, a qualidade do espaço público em permanente renovação, a programação cultural, a existência de uma rede alargada de fibra ótica, a sensação de segurança e a proximidade com Espanha e com o aeroporto Sá Carneiro são alguns dos fatores que explicam bem esta crescendo de pessoas que decide viver na nossa terra”.
O autarca de Caminha valoriza estes números no contexto actual, compreendendo que “se pense que o número de novos residentes estrangeiros é baixo comparativamente com o que podemos vir a ter mas, se compararmos com 101 nascimentos que o concelho registou em 2020, percebemos que 71 novos residentes apenas num ano é muito significativo e contribuiu de modo fundamental para atenuar o desequilíbrio demográfico”.
Espanha é o país da União Europeia que mais contribuiu para os novos residentes no ano passado – foram 36 cidadãos espanhóis a registarem-se, cerca de metade – e a seguir tivemos os italianos e os alemães com 9 e 8 registados respetivamente. Os restantes novos residentes têm origem em França, Áustria, Dinamarca, Roménia, Polónia e Suécia.