Este projeto, que pretende criar o desenho de um modelo preditivo de surtos de dengue e sua implementação num sistema de inteligência artificial na Região Metropolitana da República Dominicana, é financiado pelo FONDOCYT (Fondo Nacional de Innovación y Desarrollo Científico y Tecnológico da República Dominicana) e reúne especialistas em Medicina, Matemática e Informática.
Com esta ferramenta informática a equipa de investigadores pretende ajudar o Sistema Nacional de Saúde da República Dominicana a detetar precocemente surtos de dengue, usando dados climáticos e sociodemográficos. “Usando dados reais dos hospitais da Região Metropolitana da República Dominicana, e a monitorização em tempo real de variáveis climatéricas, como a precipitação, a temperatura e a humidade, é possível criar modelos matemáticos que prevejam com alguma fiabilidade a emergência de um surto dentro do espaço temporal de duas a quatro semanas”, explicou a investigadora, assegurando que, desta forma, “os serviços hospitalares poderão estar melhor preparados para o acréscimo de casos de dengue e a população pode tomar medidas de prevenção para não contrair a doença”.
Sofia Rodrigues mostrou-se “feliz” por integrar este projeto, até porque foi “encontrada” através das suas publicações on-line. A investigadora e docente da ESCE-IPVC começou a trabalhar on-line com investigadores espanhóis e norte-americanos ainda em 2019 e com a chegada da pandemia ainda não foi possível reunirem presencialmente nem estarem com os médicos da capital da República Dominicana, Santo Domingo.
Entretanto, já há uma “nova possibilidade” para esta equipa apresentar uma candidatura a outro projeto também associado ao mosquito.