O programa daquele “festival cultural luso-galaico, apresentado em conferência de imprensa, em Braga, inclui música, dança, teatro, cinema, literatura e visitas guiadas, com eventos marcados para aquela cidade minhota e para os municípios galegos de Padrón, Ponteareas, Redondela e Santiago de Compostela.
“Este é um festival que faz mais navegável o rio Minho, nas duas direções”, disse Carlos Pazos Justo, do Centro de Estudos Galegos da Universidade do Minho e da Secretaria-Geral da Política Linguística da Junta da Galiza.
A “primeira mão” do tributo a Zeca Afonso e Rosalía de Castro está marcada para 23 de fevereiro, no Theatro Circo, em Braga, com a participação de João Afonso, Uxia, Canto d’Aqui e Vozes do Areeiro.
No dia 26, em Redondela, na Galiza, o tributo será prestado pelos Canto d’Aqui e convidados locais.
No dia seguinte, será a vez de Santiago de Compostela acolher o concerto, uma vez mais com os Canto d’Aqui e ainda com Maria do Ceo e Quico Cadaval.
Estes concertos acontecem na semana em que se assinala o aniversário da morte de Zeca Afonso e o nascimento de Rosalía de Castro.
“Convergências são mãos que serenamente se unem ao som da música [ de Zeca Afonso] e sob o encanto da poesia [ de Rosalía de Castro]”, referiu Jaime Torres, dos Canto d’Aqui.
O programa do “Convergências” arrancou hoje mesmo, com o lançamento do livro “Palmeiras, piueiros, de Anxo Angueira, presidente da Casa de Rosalía de Castro, com sede em Padrón, na Galiza.
O festival decorre até 27 de fevereiro e tem ainda como destaque uma “noite de fado convergente”, com Maria do Ceo, que nasceu em Portugal e cresceu na Galiza.
Para o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, o “Convergências” é um projeto “que ganhou uma expressão de verdadeiro festival de cultura”.
“O município olha para esta dimensão da relação com a Galiza como algo fundamental e que vem ao encontro da política seguida nos últimos anos, em que temos aproximado os dois povos e as suas instituições e contribuído para que novos projetos nas diferentes áreas possam ser desenvolvidos em conjunto”, afirmou Ricardo Rio.
O festival é uma iniciativa do grupo Canto d’Aqui, em parceria com o Centro de Estudos Galegos da Universidade do Minho e com o apoio do Município de Braga, da Junta da Galiza e da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva.
O objetivo é “estreitar os laços” que unem Portugal e Espanha, evidenciando a semelhança entre as duas culturas.