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Música

18 Fev 2022

Trinta jovens músicos portugueses admitidos na Orquestra da União Europeia

Pedro Xavier

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Trinta jovens músicos portugueses foram admitidos na temporada 2022 na Orquestra de Jovens da União Europeia (OJUE) e irão juntar-se em março a 80 músicos dos 27 Estados-membros numa residência em Itália, anunciou a Direção-Geral das Artes.

Atualmente dirigida pelo maestro Vasily Petrenko, a OJUE foi fundada no Reino Unido, em 1976.

Dos 60 jovens músicos portugueses apurados para as audições finais da OJUE, foram admitidos 25 na lista de reserva, dois efetivos em ambos os estágios de primavera e de verão, dois efetivos no estágio de verão e uma recomendação para a Orquestra Jovem do Concertgebouw, segundo a Direção-Geral das Artes (DGArtes).

A OJUE foi criada para reunir os mais talentosos jovens instrumentistas de cada um dos Estados-membros da União Europeia, assumindo-se como “um projeto europeu de excelência”, recorda DGArtes.

Com uma taxa de sucesso de 50% nas audições finais para esta temporada, os resultados “traduzem o excelente desempenho” dos jovens músicos portugueses” com idades compreendidas entre os 16 e os 25 anos, que irão juntar-se, a partir do dia 14 de março, aos outros apurados numa residência de três semanas em Ferrara, Itália.

Esta residência marca o arranque da temporada de 2022 da OJUE e o início de um intenso período de formação, ensaios e concertos, ao qual se seguirá, entre 02 e 04 de abril, uma digressão em Helsínquia e em Tampere, na Finlândia, com direção a cargo de Elim Chan e Iván Fischer.

Este ano, a novidade apresentada pela OJUE foi a recomendação de músicos para a Orquestra Jovem do Concertgebouw, uma orquestra mais jovem, com músicos entre os 14 e os 17 anos, que se reúnem num estágio orientado por músicos profissionais do Concertgebouw, que tem sede em Amesterdão, nos Países Baixos.

Este ano, o concerto final do estágio será dirigido pelo maestro espanhol Gustavo Gimeno, diretor musical da Orquestra Sinfónica de Toronto.

Para além de um programa de formação, com professores, maestros e solistas de renome internacional, a OJUE oferece aos seus jovens músicos a oportunidade de se apresentarem em salas de concertos reconhecidas em todo o mundo, incluindo o Royal Albert Hall, em Londres, o Carnegie Hall, em Nova Iorque, ou o Musikverein, em Viena.

Em 2020, como resposta aos constrangimentos causados pela pandemia, a OJUE alterou significativamente o seu plano de atividades relacionado com as audições e digressões, mantendo, no entanto, a digressão de verão.

Realizada num formato diferente, com uma forte componente ´online´, esta digressão materializou-se numa temporada de concertos intitulada European Music Gallery Festival 2020, na qual Portugal participou, com o The Lisbon Concert.

Portugal faz parte da OJUE desde 1986, e a DGArtes é a entidade responsável, nos últimos anos, pela organização das audições no país.

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