A partir da eficácia de Edson Valência e com Jacob Günthör em evidência no centro da rede, quer no bloco, quer no remate, somando-se a eficácia de Antony Gonçalves no ‘side out’, a equipa da ilha açoriana da Terceira dominou e venceu o primeiro set, por 25-20, mas as ‘águias’ encontraram a sua melhor versão a meio do segundo ‘set’ e venceram os parciais seguintes, por 25-23, 25-18 e 25-22.
Os ‘potentes’ remates e serviços de Raphael Oliveira, segundo melhor marcador benfiquista, com 11 pontos, atrás de Lucas França, com 14, ‘catalisaram’ a reação de uma equipa que, a partir daí, foi quase sempre melhor nos vários aspetos do jogo, perante um opositor que ficou cada vez mais aquém da força ‘encarnada’ com o decurso do jogo.
Num pavilhão com quase 1.000 espetadores no Centro Cultural de Viana do Castelo, a maioria deles afetos à equipa de vermelho, o bloco de André Lopes ‘selou’ nova conquista dos lisboetas, numa prova que tinham vencido pela última vez na época 2018/19.
A Fonte do Bastardo abriu o duelo com um parcial de 4-0, fruto dos serviços difíceis de travar, da ‘agressividade’ nos remates e dos erros a atacar e a defender do Benfica, que levaram o treinador Marcel Matz a pedir o primeiro desconto de tempo quando o ‘marcador’ assinalava 6-1.
Os ‘encarnados’ ainda reagiram, quando melhoraram a ‘solidez’ do seu bloco e encurtaram a desvantagem de 14-7 para 14-11, mas o desconto de tempo pedido pelo treinador João Coelho beneficiou a equipa de Praia da Vitória, ‘firme’ a impedir vantagens inferiores a quatro pontos até ao final do set, que venceu por 25-20.
A Fonte do Bastardo manteve-se ‘por cima’ no arranque do segundo ‘set’, graças a uma defesa resistente, que negou vários pontos ao ‘side out’ adversário, e fixou uma vantagem de 8-4, mas o Benfica começou a inverter a ‘corrente’ em dois serviços de Raphael Oliveira, ‘defendidos’ para fora, tendo, pela primeira vez, assumido a dianteira, num remate de Willian Bermúdez para fora (12-11).
Os ‘encarnados’ conseguiram uma vantagem de dois pontos num bloco de Tiago Violas (16-14) e viriam a alargar essa margem para quatro pontos (20-16), antes da Fonte do Bastardo se recompor das dificuldades no ataque e de encetar uma reação, apenas travada pelo remate de Raphael Oliveira, o jogador que mais se evidenciou no segundo ‘set’, para o 25-23.
Após o equilíbrio dos primeiros pontos, a equipa treinada Marcel Matz revelou-se gradualmente a mais forte em todos os aspetos do terceiro ‘set’ e fixou uma vantagem confortável graças ao ‘side out’ eficaz e aos vários serviços falhados dos açorianos, antes de ‘selar’ o 2-1 com um parcial de 25-18.
A Fonte do Bastardo pareceu capaz de regressar à versão do ‘set’ inaugural, ao fixar uma vantagem de 7-2 a abrir o quarto parcial, mas o Benfica ‘afinou’ a construção dos ataques e viu a equipa treinada por João Coelho enviar alguns remates para fora.
Os homens comandados por Marcel Matz ‘viraram’ o resultado a meio do quarto ‘set’ e aguentaram as tentativas açorianas para levar o jogo para a ‘negra’, ‘selando’, com o bloco de André Lopes, uma conquista que permite ao Benfica robustecer o estatuto de clube mais titulado na competição, à frente do Sporting de Espinho, com 12 vitórias.
Jogo realizado no Centro Cultural de Viana do Castelo.
Fonte do Bastardo – Benfica, 1-3.
Parciais: 25-20, 23-25, 18-25 e 22-25.
Sob arbitragem de Ricardo Ferreira e Nuno Maia, as equipas alinharam com:
– Fonte do Bastardo: Federico Gómez, Willian Bermúdez, José Neves, Antony Gonçalves, Jakob Günthör, Edson Valência e Dennis Del Valle (líbero). Jogaram ainda: Armando Velásquez, Bruno Cunha, Caíque Silva e Matheus Pereira.
Treinador: João Coelho.
– Benfica: Raphael Oliveira, Peter Wohlfahrtstätter, Hugo Gaspar, Lucas França, Tiago Violas, André Aleixo e Ivo Casas (líbero). Jogaram ainda: Bernardo Westermann, Aaro Nikula e André Lopes.
Treinador: Marcel Matz.
Assistência: cerca de 2.000 espetadores.