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03 Mar 2022

CIM Alto Minho cria unidade de missão de apoio humanitário ao povo ucraniano

Pedro Xavier

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O Conselho Intermunicipal do Alto Minho decidiu hoje criar uma unidade de missão com capacidade para articular com as diversas entidades de âmbito local, regional e nacional a provisão de ajuda humanitária ao povo ucraniano.

Segundo a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, aquela unidade de missão vai reunir-se pela primeira vez, na manhã desta quinta-feira e, à tarde, com os dez municípios do distrito de Viana do Castelo, “no sentido de avançar com as primeiras medidas no que diz respeito à recolha integrada de bens alimentares e outros”.

A unidade de missão é uma das medidas do plano de ação integrado à escala intermunicipal hoje definido pela CIM do Alto Minho, em reunião extraordinária, e que prevê quatro eixos de intervenção.

Para o presidente da CIM Alto Minho, Manoel Batista, citado numa nota hoje enviada às redações, “é importante saber organizar para que a ação conjunta de apoio à Ucrânia seja bem-sucedida, considerando que, “numa primeira instância, é preciso perceber o que faz sentido em termos de ajuda humanitária para evitar a duplicação de esforços e recursos”.

A unidade de missão integra “representantes de entidades intermunicipais como a CIM Alto Minho, o CDOS (Comando Distrital de Operações e Socorro) de Viana do Castelo e o Banco Alimentar de Viana do Castelo”.

De acordo com a CIM do Alto Minho, que tem sede em Ponte de Lima, a “operacionalização do plano de ação integrado foi proposta uma estrutura com quatro eixos de intervenção, nomeadamente para prevenir e acolher, gerir e acompanhar, nivelar e projetar e comunicar e informar”.

O primeiro eixo, “prevenir e acolher”, a ação conjunta do Alto Minho “passará pela identificação da capacidade de alojamento no território, para alojamento temporário de refugiados ucranianos (indivíduos isolados ou família), pela sinalização e disponibilização de serviço de alimentação e pela recolha integrada de bens alimentares e outros, em articulação com o Banco Alimentar de Viana do Castelo e em colaboração com a rede social de cada município, entre outras entidades”.

Já o eixo “gerir e acompanhar” prevê a criação de uma bolsa de voluntário local, privilegiando ucranianos e luso ucranianos, e a preparação de um protocolo de colaboração, entre a CIM Alto Minho, municípios e outras entidades, para reforço de recursos humanos para acompanhamento técnico, caso a situação assim o justifique”.

A operacionalização do eixo “nivelar e projetar” incidirá nas “áreas da educação/ ensino e do mercado de trabalho, pretendendo-se, para o efeito, a articulação com os estabelecimentos de ensino, nos diversos níveis de escolaridade, para receberem crianças e jovens em idade escolar, mas também ao nível da formação superior”.

Aquele eixo prevê ainda a “articulação com diversas entidades no setor do emprego e mercado de trabalho, para identificar vagas de emprego disponíveis”.

O eixo “comunicar e informar” será executado “através da criação de uma ferramenta que agregue informação sobre os diversos apoios/ medidas a dinamizar e respetivos pontos de contacto, tendo em vista o acolhimento e a integração do povo ucraniano nas melhores condições”.

A CIM do Alto Minho foi constituída em outubro de 2008. É composta pelos 10 municípios do distrito de Viana do Castelo (Viana do Castelo, Caminha, Vila Nova de Cerveira, Valença, Paredes de Coura, Monção, Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Ponte de Lima), e serve uma população, de acordo com o Censos 2021, de 231.488 habitantes.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

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