“O Turismo está de regresso à região, com a taxa de ocupação hoteleira acima dos 90% e em alguns locais a atingir 95%”, declarou o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Luís Pedro, no âmbito de um balanço sobre a taxa de ocupação hoteleira neste período da Páscoa 2022.
Os “mercados de proximidade” foram os que tiveram maior expressão, com Espanha, França e Reino Unido a liderar, enumerou à agência Lusa.
“Registámos com grande satisfação o regresso do mercado brasileiro e americano”, acrescentou, acreditando que há “boas razões” para acreditar que o Norte de Portugal poderá já no verão de 2022 “ficar próximo dos valores conseguidos antes da pandemia”. Em 2019, o turismo na região Norte registou seis milhões de hóspedes e 11 milhões de dormidas.
Após dois anos de crise no setor devido à pandemia, o Porto encheu-se nesta Páscoa de turistas, com hotéis completos e instituições culturais a registar a melhor semana turística do ano.
“Estivemos a 100% na sexta-feira Santa e a semana da Páscoa foi muito forte, se comparármos com a Páscoa de 2020 e 2021, registando taxas de ocupação quase idênticas às da Páscoa de 2019”, disse Tiago Araújo, do NH Collection Porto Batalha, hotel localizado junto ao Teatro Nacional de São João.
A lotação esgotada também se registou no Hotel Teatro, no coração da baixa do Porto, com ocupação a 100% entre a sexta-feira santa e a segunda-feira, disse fonte da receção daquela unidade hoteleira.
Também no Hotel Dom Henrique, na Baixa da cidade, junto ao Bolhão, a lotação dos quartos esteve a 100% nos dias 15, 16 e 17 de abril, principalmente com turistas espanhóis, disse à Lusa Pedro Paiva, funcionário naquele espaço.
“Foi uma semana da Páscoa muito boa, com números idênticos a 2019, porque em 2020 e 2021 estivemos fechados na altura da Páscoa”, acrescentou.
No setor cultural da cidade, o Museu Nacional Soares dos Reis (Porto) registou 841 visitantes nesta semana da Páscoa, que passou a ser a mais visitada desde o início do ano, o que é um indício “ótimo” para o verão, avançou hoje à Lusa António Ponte, diretor da instituição cultural.
De 12 a 18 de abril, o Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) registou 841 entradas, o que dá uma média diária de 140 visitantes, tendo em consideração que a contagem reporta a seis dias de funcionamento, pois no domingo de Páscoa, o museu esteve encerrado ao público.
“Foi a semana com mais visitantes desde o início do ano [2022]. O acesso dos visitantes no período da Páscoa é um ótimo indício do que poderá ser o Verão para o Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR). Atendendo a que reabriremos a exposição de longa duração até ao final do primeiro semestre, antevemos meses de Verão com forte afluência”, declarou à Lusa António Ponte, diretor do MNSR.
Os números de visitantes no período pascal devem ser enquadrados no contexto do MNSR, que está em fase de organização e montagem da exposição de longa duração, oferecendo aos seus visitantes duas exposições temporárias – “Depositorium 2” e “Seja dia ou seja noite”, e acesso ao Jardim das Camélias e ao antigo Velódromo Rainha Dona Amélia, onde se encontra exposta a coleção de lapidária.
Depois de dois anos encerrado na Páscoa devido à covid-19, o conjunto arquitetónico dos Clérigos, monumento nacional que inclui torre e igreja, recebeu nesta semana santa “cerca de 48 mil pessoas”,
Fonte oficial do monumento nacional referiu que o número de entradas de visitantes nesta Páscoa de 2022 ainda não ultrapassou os visitantes da Páscoa de 2019, ano de pré-pandemia, em que se registaram “65 mil entradas no complexo”, mas é incomparavelmente melhor do que o registo de entrada de visitantes em 2020 e 2021.