Em declarações à agência Lusa, Manoel Batista adiantou que a intervenção, iniciada em fevereiro, vai decorrer em duas fases, sendo que inicialmente será efetuada a reabilitação estrutural do templo, monumento nacional, e posteriormente avançará a recuperação do interior.
A igreja de Paderne, também conhecida como igreja do Divino Salvador ou ainda igreja do Convento de Paderne, localiza-se na freguesia de Paderne, no município de Melgaço, distrito de Viana do Castelo, e está classificada como Monumento Nacional desde 23 de junho de 1910.
O autarca socialista adiantou que o investimento em curso resulta de uma candidatura que o município apresentou a fundos comunitários destinados ao património cultural e infraestrutural, ao abrigo do programa operacional Norte 2020, cabendo à Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) a elaboração do projeto.
Manoel Batista adiantou que, do investimento total previsto, 1.053.390,50 euros, “cerca de 500 mil euros são suportados por fundos comunitários, sendo o restante (553.390,50 euros) financiamento público nacional, garantido através de um protocolo com a Direção Geral do Tesouro e Finanças”.
Numa nota publicada na página oficial do Facebook, o município justificou a intervenção com a necessidade de “devolver a dignidade material” ao monumento nacional, que “apresenta graves condições de conservação, com risco de perda de património”.
A obra pretende ainda “proporcionar adequadas condições de conservação, valorização e visitação, potenciar a igreja como um recurso ativo para o desenvolvimento da região Norte no âmbito do turismo cultural e religioso”.
De acordo com informação que consta da página oficial da DRCN na Internet, “a igreja foi construída no século XIII, em estilo românico, integrando-se na segunda fase do foco românico do Alto Minho”.
O templo “apresenta planta cruciforme, de cruz latina, harmonizada com as necessidades e funções de reduzida comunidade monástica rural, mas sendo notório a adoção de algumas soluções arquitetónicas que lembram pormenores da ordem Cisterciense, como a cabeceira tripartida e o transepto”.