“Não se preocupem. O Papa vem, de cadeira de rodas, de maca, de padiola, vem”, disse Américo Aguiar aos participantes nos X Workshops Internacionais de Turismo Religioso, que estão a decorrer em Fátima.
Também a Cova da Iria está certa no itinerário de Francisco, com Américo Aguiar a ser também perentório: “o Papa vai estar em Fátima. Não sabemos se antes, se durante, se depois [da Jornada Mundial da Juventude]”.
A Jornada decorre entre 01 e 06 de agosto do próximo ano em Lisboa, nos terrenos do chamado Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, sendo esperados centenas de milhares de jovens de todo o mundo.
Considerando-o “o maior evento em Portugal nos últimos 20 anos”, o bispo auxiliar de Lisboa recusou-se a apontar estimativas de participantes, embora a organização esteja a trabalhar em cima de “cenários em baixa, em alta e a meia-haste”.
“Não queremos ficar reféns dos números”, disse Américo Aguiar, para quem este evento É dirigido “a todos os jovens e não apenas aos jovens católicos”.
O prelado sublinhou, também, que nos dias anteriores à JMJLisboa2023, muitos milhares de jovens vão andar “à solta pelo país”, sendo um dos destinos “incontornáveis” o Santuário de Fátima, com cujos responsáveis a organização da Jornada já está a trabalhar.
Também com o Governo tem estado a ser vista a necessidade de “potenciar as capacidades aeroportuárias do país, seja através de Beja ou de infraestruturas militares”, disse Américo Aguiar, alertando para os muitos milhares de jovens que chegarão a Portugal de avião.
Na sua intervenção, o bispo auxiliar de Lisboa deixou ainda uma nota de ligação da JMJ a Portugal desde o início do evento.
“Dizem as lendas que a inspiração para as Jornadas Mundiais da Juventude teve lugar em Portugal, quando João Paulo II teve um encontro com jovens no Parque Eduardo VII, em Lisboa, em 1982”, afirmou o prelado.
Instituição que também está a orientar a sua programação para a JMJ de 2023 é o Santuário de Fátima, cujo reitor, padre Carlos Cabecinhas, hoje afirmou que “Fátima é uma realidade cada vez mais global, como ficará provado com a JMJ”.
Carlos Cabecinhas, na sua intervenção nos X Workshops Internacionais de Turismo Religioso mostrou-se convicto de que “a retoma do turismo religioso será mais lenta”, tendo em conta que ainda se está a recuperar de dois anos de pandemia, a que se juntaram “a guerra na Ucrânia e os problemas económicos relacionados com a inflação crescente”.
Apesar de tudo, até maio deste ano, o número de peregrinos que passaram pelas cerimónias no Santuário de Fátima já suplantou o total verificado nos 12 meses de 2021, que foi de 2,5 milhões.
“2022 é um ano de clara recuperação”, disse o reitor.