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01 Jun 2022

Iniciada recuperação de 900 mil euros de aluimento em Arcos de Valdevez

Pedro Xavier

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A empreitada de recuperação do aluimento de terras em junho de 2021 na aldeia monumento nacional de Sistelo, em Arcos de Valdevez, foi iniciada, num investimento de 900 mil euros.

Em comunicado, a autarquia arcoense adiantou que a intervenção visa a “restituição da paisagem natural que existia antes do deslizamento, nomeadamente, a reposição e modelação do terreno, bem como a recuperação da linha de água por forma a garantir a pretendida continuidade dos socalcos, muros, regos, caminhos, ramadas e culturas”.

Além desta empreitada, a operação “contempla uma segunda fase que avançará com a reconstituição da paisagem, desde o coberto vegetal até às estruturas de socalcos destruídas aquando do aluimento de terras”.

“As duas fases de intervenção da empreitada serão realizadas com recurso a fundos comunitários, ao abrigo do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) – Transição Climática – Intervenções de Reabilitação da Rede Hidrográfica”, especifica a nota.

Para o presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, o social-democrata João Manuel Esteves, citado na nota, a obra, que resulta de uma parceria entre o município e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), “representa a concretização de uma intervenção de primordial importância para a recuperação e segurança do local e da população e para a sustentabilidade e valorização ambiental de Sistelo”.

A empreitada foi consignada pelo valor de 889.994,28 euros, correspondente à primeira fase de intervenção em Sistelo.

Anteriormente, à Lusa, o autarca João Manuel Esteves explicou que ao abrigo do ​​​​​​​protocolo de cooperação técnica estabelecido com a APA, para formalização de uma candidatura ao Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020), o município irá suportar 15% do montante da empreitada.

O autarca do PSD estimou um prazo de execução dos trabalhos de cerca de quatro meses.

Na altura, João Manuel Esteves referiu que a segunda fase terá o mesmo prazo de execução, num investimento próximo do meio milhão de euros.

O aluimento de terras, no lugar da Igreja, freguesia de Sistelo, classificada como monumento nacional, ocorreu em junho de 2021.

A derrocada abriu uma “cratera” com 100 metros de extensão, 12 de metros de largura e cerca de seis metros de profundidade. Por precaução, 31 pessoas foram retiradas de casa.

A classificação da aldeia como Monumento Nacional da paisagem cultural da aldeia de Sistelo foi promulgada Presidente da República em dezembro de 2071, e publicada em Diário da República, em janeiro de 2018.

Encaixada no fundo de um vale, nos limites do Parque Nacional da Peneda-Gerês e conhecida como o “pequeno Tibete português”, devido aos seus socalcos, a aldeia do Sistelo tem cerca de 270 habitantes e é iminentemente rural.

Os socalcos verdes, junto ao rio Vez, representativos “da relação que o homem desenvolveu com a natureza e a forma como a moldou”, as casas típicas, os moinhos e os espigueiros são “marcas de um passado com centenas de anos”.

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