Para Bernardo Trindade, presidente da AHP, “a situação recentemente criada é muito má para o país. A solução para o Aeroporto de Lisboa é, há muito, urgente, urgentíssima no curto prazo! Como é sabido a perda de oportunidades devido à incapacidade de resposta, nomeadamente na falta de slots é uma realidade muito prejudicial para o setor do Turismo, mas também para a economia do país. Portugal não se pode dar ao luxo de rejeitar clientes por falta de soluções de mobilidade.”
“A falta de capacidade aeroportuária de Lisboa afeta todo o país, não só a região de Lisboa, pelo que uma decisão imediata, seja ela qual for, é estrutural, sobretudo numa altura em que recuperamos de uma pandemia e vivemos momentos de instabilidade geopolítica. Esta indefinição traz, para já, problemas no imediato, mas também a médio e longo prazo que têm de ser resolvidos. Todas as soluções agora encontradas só trarão benefícios para Portugal daqui a uns anos e é fundamental para já a realização de obras no Aeroporto Humberto Delgado que permitam aumentar o número de lugares de estacionamento, melhorar a circulação em terra com aumento do número de movimentos, tudo articulado com uma mais eficaz monitorização do espaço aéreo”, vinca o responsável, que acrescenta: “a fazer fé nas declarações dos responsáveis políticos, apesar do ruído de fundo, há vontade em definitivamente tomar decisões. Aliás, o recém eleito líder do PSD reconheceu que “o país e Lisboa precisam de reforçar a capacidade aeroportuária e suprir insuficiências que existem e prejudicam o interesse nacional”. Espero que assim seja e, sobretudo, que, além de tomadas, as mesmas sejam rapidamente executadas.”
Por isso, a AHP apela ao Governo e aos demais intervenientes que, apesar deste retrocesso, não se perca o foco e se trabalhe de forma célere para encontrar uma solução aeroportuária definitiva, a bem de Portugal e da imagem do país. Já não há mais margem para adiar uma decisão que é estratégica para Portugal, sublinha a AHP.