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01 Jul 2022

Ponte da Barca dedica revista ao Parque Nacional Peneda-Gerês

Pedro Xavier

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O primeiro número de uma revista trimestral exclusivamente dedicada à riqueza ambiental, biodiversidade, turismo e história geológica do Parque Nacional da Peneda-Gerês vai ser lançado na segunda-feira, em Ponte da Barca.

A Peneda-Gerês Mag, revista lançada por uma empresa de jovens do Minho ligados à comunicação e ao jornalismo, vai ser apresentada, na segunda-feira, às 10:00, na Porta de Lindoso, em Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, uma das cinco portas de acesso ao Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).

“Há já algum tempo que o projeto estava em mente, mas ainda não tinha surgido a oportunidade de o tornar realidade. O território merece a produção de conteúdo capaz de juntar a vertente científica à lúdica e cultural, associando o turismo de natureza”, explicou hoje à agência Lusa a responsável pela empresa Words & Company, Andreia Fernandes.

A primeira edição da revista, bilingue, com uma tiragem de 1.700 exemplares, representou um investimento de oito mil euros, “integralmente suportado” pela empresa, que acredita que “o projeto se tornará uma mais-valia para todos os concelhos que integram o parque nacional”.

“Face ao crescente número de turistas nacionais e internacionais que procura o território, a revista apresenta 50% do seu conteúdo em inglês”, apontou.

Criado há 51 anos, o PNPG atravessa 22 freguesias, situa-se no extremo noroeste de Portugal, na zona raiana entre Minho, Trás-os-Montes e a Galiza, atravessando os distritos de Braga (Terras de Bouro), Viana do Castelo (Melgaço, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca) e Vila Real (Montalegre), tendo uma área total de 70.290 hectares.

Constitui com o Parque Natural da Baixa Limia/Serra do Xurés, na Galiza, o Parque Transfronteiriço Gerês-Xurés e, em conjunto com esse parque natural espanhol, integra, desde 2009, a Reserva Mundial da Biosfera.

A Peneda-Gerês Mag, com 100 páginas, “conta com a participação de vários investigadores ligados à Universidade do Minho (UMinho), em Braga, à Universidade de Exeter, no Reino Unido, e à Universidade Federal de Santa Maria, em Rio Grande do Sul, no Brasil.

“Numa altura em que o digital ocupa um grande lugar na vida das pessoas, a escolha pelo papel tem a ver com possibilidade de poder ser colecionada. A revista tem conteúdo que permanecerá sempre atual. Queremos que quem compre a revista saiba que vai ter consigo um conteúdo pensado e analisado. Trabalhado para mostrar aquilo que muitas vezes não passa tão bem para o público em geral”, explicou Andreia Fernandes.

Para os responsáveis pelo projeto, o “objetivo é mostrar as qualidades de um território que ainda tem muito para oferecer e que não se esgota no verão apenas com os rios e lagoas que tanto chamam à atenção para o parque”.

Um dos temas abordados na primeira revista prende-se com a segurança dos turistas que visitam o PNPG.

“Nesta altura do ano, acontecem acidentes nas cascatas e lagoas do território e, por isso, temos uma reportagem com o responsável pela equipa de Busca e Resgate em Montanha, da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da Guarda Nacional Republicana (GNR), que ajuda a perceber as razões destes acidentes e a forma como podem ser evitados”, adiantou Andreia Fernandes.

A vertente turística é explanada num “diário de bordo” pela “rota” da Estrada Nacional (EN) 13, que liga Viana do Castelo a Bragança, e que “conduz o visitante ao coração do PNPG”.

“Neste caso, o artigo centra-se no concelho de Montalegre, no distrito de Vila Real”, apontou.

As vezeiras de Terras de Bouro, no distrito de Braga, ou brandas ou inverneiras como são conhecidas no Alto Minho, abrigos dos pastores e agricultores que cumpriam a chamada transumância, é outro dos temas em destaque.

Andreia Fernandes acrescentou que o PNPG “é um espaço de biodiversidade, de tradições, de modernidade, de arte e cultura, de atividades de lazer, de motivos para uma visitação em qualquer altura do ano”.

“É também um espaço de descoberta, de respeito e de preservação. Estamos a falar do único parque nacional do país e, neste território, cada ação conta para que esta área protegida continue a ser sagrada”, disse.

A “arte e cultura dentro do PNPG é outra das secções da revista, da responsabilidade da FAHR 021.3, um estúdio de arquitetos do Porto”.

Já o arqueólogo João Fonte, investigador da Universidade de Exeter (Inglaterra), assina o artigo dedicado à presença militar romana no PNPG.

“É um artigo sobre as escavações que começaram a ser realizadas em Castro Laboreiro, Melgaço, Montalegre (Vila Real) e, atualmente, estão a decorrer no Alto da Pedrada, em Arcos de Valdevez”, especificou.

A revista vai estar à venda por 4.99 euros, em lojas de turismo e postos de abastecimento, mas também será possível subscrever a mesma através da página na Internet criada no âmbito do projeto.

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