Maurício Moreira manteve a Camisola Amarela Continente, numa etapa em que a Glassdrive-Q8-Anicolor preocupou-se em proteger o líder, enquanto as equipas que ambicionavam um final ao sprint tiveram de trabalhar.
Foi a Wildlife Generation que mais assumiu essa responsabilidade nos 169,1 quilómetros que ligaram Guarda a Viseu. Esta quarta etapa era especialmente concebida para os sprinters, ainda que o terreno não fosse o que se pudesse chamar de plano.
Dez ciclistas animaram a tirada em fuga: Afonso Silva (Kelly-Simoldes-UDO), Alvaro Trueba (Atum General-Tavira-AP Maria Nova Hotel), Bruno Silva (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), Joseba López (Caja Rural-Seguros RGA), Óscar Pelegrí (Burgos-BH), Joaquim Silva (Efapel Cycling), Peio Goikoetxea (Euskaltel-Euskadi), Robin Carpenter (Human Powered Health), Rafael Reis (Glassdrive-Q8-Anicolor) e José Mendes (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho). Entre eles dividiram os prémios de montanha e as metas volantes.
Com tantas equipas representadas na frente, inclusivamente a do comandante, a Wildlife Generation teve de assumir a responsabilidade para tentar levar o norte-americano Scott McGill a mais uma vitória, o que acabou por não acontecer e perder para João Matias a Camisola Verde Rubisgás dos pontos. Restou-lhe o segundo lugar no duelo com o português.
Ainda assim, antes da chegada a Viseu, a diferença da fuga chegou a ser de seis minutos. A formação americana trabalhou arduamente, praticamente sem qualquer ajuda, para, a três quilómetros da meta, finalmente alcançar os últimos quatro resistentes da fuga. Então, outras formações começaram a preparar-se para o sprint, entre elas a Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados com objetivo claro para Matias sprintar para mais uma vitória. “Hoje era uma das etapas que estava marcada para mim e para a equipa. Estamos tão perto de Mortágua… Vi a placa e as pessoas a dizer ‘Mortágua em frente’… O Pedro Silva está lá em cima a olhar por nós”, afirmou o vencedor em Viseu, lembrando o mentor da equipa falecido o ano passado.
“Não gastei uma pinga de força, nem quando furei. Eles [companheiros de equipa] deixam-me orgulhoso. Esta é inteiramente deles. Antes [da etapa] de estar marcada para mim, está para a equipa. O Bruno [Silva] é um amigo. Ele abdicou muitas vezes por mim. Hoje calhou para mim, mas enquanto ele esteve na fuga, acreditei que a fuga vencesse”, acrescentou. “Foi só chegar ao fim e seguir o plano que o Gustavo [Veloso] delineou perfeitamente”, finalizou João Matias apontando agora baterias para a chegada a Maia, na quinta-feira, que possivelmente será também discutida em pelotão compacto.
Dia de Descanso
Esta terça-feira, 9 de agosto, não se pedala. O dia está reservado para a 15ª Etapa da Volta Brisa RTP, a já habitual jornada de cicloturismo aberta a todos e que vai animar e percorrer Viseu passando por algumas das mais belas paisagens da região.