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31 Out 2022

“A Minha Terra é Viana” encheu Centro Cultural da capital do Alto Minho

Rádio Geice

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A sexta edição do espetáculo “A Minha Terra é Viana”, que decorreu este fim de semana,  em Viana do Castelo, no Centro Cultural, esgotou a bilheteira e deixou todos os presentes  com vontade de ficar ainda mais tempo junto dos intervenientes do espetáculo.  

A Associação de Grupos Folclóricos do Alto Minho (AGFAM) soube escolher, de entre os  seus membros, uma equipa organizadora desempoeirada, cooperante, energética, experiente e  muito qualificada que, desde a página em branco, até ao final do espetáculo, se mostrou muito  profissional. Estes souberam rodear-se de gente igualmente talentosa tanto dos próprios  grupos, a grande maioria, como grandes nomes da música portuguesa. 

O espetáculo foi muito belo e emotivo e os intervenientes não conseguiram esconder a  sua alegria em participar, apesar das muitas horas de ensaios e do peso da responsabilidade.  

Como o cartaz das designers Helena Morais Soares e Sara Costa já fazia adivinhar, o tema  do espetáculo foi o Mar e, logo à entrada, os espetadores puderam apreciar uma composição  original de João Gigante (PHOLE) que os remetia para um ambiente marítimo.  

A exibição abriu com Filipa Barreiros, cantando “Ó que linda beira mar”. Depois, seguiu se a representação da apanha do sargaço em Castelo do Neiva e Anha enquanto o texto de  Rúben A. (1920 – 1975) “As Cortas do Sargaço”, publicado em 1946 in “Páginas Minhotas”, era  dito por José Escaleira (autor de vários guiões de anteriores edições). 

Os 170 bailarinos dos 20 grupos participantes dançaram quatro temas, dois com  coreografia própria de cada freguesia (Tirana e Rosinha) e dois com a mesma coreografia (Chula  de Roda e Ritinha).  

Tiago Fernandes, ator do Centro Dramático de Viana, ficou encarregue de dizer o poema  “A ti regresso, mar” de José Saramago (1922 – 2010) sob a cama musical da música tradicional  “Farol de Montedor” um arranjo dos próprios Contraponto, que também participaram nesta  exibição.  

Seguiu-se a interpretação da canção “D’onde Vens Maria” com as Cantadeiras do Vale do  Neiva, o PHOLE e Daniel Pereira Cristo, que iniciou com uma criação musical composta por João  Gigante (PHOLE). Depois, foi a vez de um momento de percussão do Grupo de Bombos da  Associação Cultural e Recreativa de Deocriste que se juntaram a todos os restantes músicos para  acompanhar Daniel Pereira Cristo em “Malhão Belho”.  

Posteriormente, o poema “Viana” de Francisco Sampaio (1937-2021), dito por Marisa  Cambão, antecedeu os momentos de grande celebração do Vira, enquanto dança de excelência  da região, tendo o espetáculo terminado, de forma formal, com a canção composta por Daniel  Pereira Cristo “Sou da Terra do Vira”, que juntou todos os seus intervenientes. 

Mas o certame só terminou verdadeiramente quando se fez a grande festa com o público, que foi convidado a descer ao “terreiro”, sendo também interveniente no espetáculo ao som de uma rapsódia. 

Todos estes momentos foram acompanhados por uma grande orquestra, coordenada por  Daniel Cruz, e composta por cerca de 200 músicos e cantores dos 20 grupos, acompanhados por  uma pequena orquestra, também composta por instrumentistas dos grupos, a quem se deve a  autoria dos arranjos musicais de várias músicas tradicionais apresentadas, como “A Tirana”, ou  “A Minha Terra é Viana”. 

Recorda-se que, no pré-pandemia, este espetáculo tinha realização bianual intercalando  com o “Encontro de Culturas” também da responsabilidade da AGFAM. A presente exibição teve  coorganização da AGFAM e da Câmara Municipal de Viana do Castelo e o apoio do INATEL.  

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