Em comunicado, a DGPC anunciou que a inscrição foi confirmada por despacho da subdiretora-geral do Património Cultural, a ser publicado brevemente em Diário da República.
“A DGPC reconhece desta forma que a construção do cavaquinho está ativa e é fundamental na reprodução de uma memória e de uma identidade regional e coletiva, que de forma dinâmica preserva a herança da música e dos instrumentos tradicionais portugueses”, pode ler-se no comunicado do organismo tutelado pelo Ministério da Cultura.
O pedido de registo foi submetido pela Associação Cultural e Museu Cavaquinho, na sequência de um protocolo com a DGPC, de 2014, “que previa o desenvolvimento de um projeto de investigação com vista ao registo no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial”.
As duas entidades desenvolveram, entre 2014 e 2016, uma investigação, em articulação com os próprios construtores, tendo concluído que “os saberes e práticas tradicionais de construção do cavaquinho configuram uma atividade de caráter artesanal que se desenvolve em Portugal em ligação com as práticas musicais de matriz igualmente tradicional”.
“A produção deste instrumento musical conheceu novos ímpetos desde as últimas décadas, quer em virtude da sua utilização em novos géneros musicais, quer da ampliação dos seus mercados para além do nacional”, acrescentou a DGPC.
A documentação que caracteriza este “saber fazer”, que requer “grande conhecimento dos materiais e das técnicas tradicionais, transmitido intergeracionalmente”, pode ser consultado ‘online’, na plataforma MatrizPCI da DGPC.