A empresa, que tem sede em Madrid e está cotada na bolsa de Lisboa, diz que os resultados “sólidos” e “robustos” nos primeiros três trimestres do ano foram “maioritariamente” influenciados pelo aumento dos preços de venda e produção de energia.
As receitas da EDP Renováveis (EDPR) neste período foram de 1.743 milhões de euros e aumentaram 46% em relação aos primeiros nove meses no passado, com a empresa a explicar que o preço médio de venda aumentou 29%, “especialmente na Europa”.
A EDPR teve ainda “outros proveitos operacionais” de 331 milhões de euros, mais 129 milhões do que no mesmo período de 2021, devido à transação de ativos na Polónia, Espanha e Itália.
Os resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (o EBITDA) foram de 1.462 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 62% do que nos primeiros nove meses de 2021.
Neste período, a empresa fez um investimento bruto de 4.401 milhões de euros, mais 118% do que o dos mesmos meses de 2021, “que permitiu à EDPR aumentar a sua presença para 28 mercados a nível global” e reflete “o atual período de forte crescimento”, segundo a EDP Renováveis.
“Nos últimos 12 meses, foram adicionados mais 2,6 GW [gigawatts] de capacidade renovável” à EDPR, que em setembro de 2022 “atingiu o montante recorde” de 4,3 GW “em construção em 15 mercados na América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia Pacifico”, lê-se na informação hoje divulgada pela empresa.
A dívida líquida aumentou para 5.556 milhões de euros, mais 2.621 milhões do que em final de setembro de 2021.
A EDP Renováveis é uma empresa subsidiária e detida a 74,98% pelo Grupo EDP (Energias de Portugal), operando no domínio das energias renováveis.
Em 2021, a empresa apresentou lucros de 655 milhões de euros, um aumento de 18% em relação a 2020.