O anúncio foi feito pelo governante no discurso de que integrou a sessão de apresentação das equipas dedicadas ao policiamento de visibilidade na área do Comando Metropolitano do Porto (COMETPOR) da PSP que fez chegar mais 186 polícias aquele comando.
José Luís Carneiro explicou que a decisão de colocar “mais 186 polícias na Área Metropolitana do Porto é o resultado de um esforço de formação de mais de 900 polícias”.
“Este esforço de rejuvenescimento do efetivo vai continuar e espero muito em breve, nos próximos dias, poder dar conta pública de uma decisão do Ministério da Administração Interna (MAI) e também do Ministério das Finanças da abertura de um novo curso de formação para mais 1.000 polícias, permitindo o reforço do efetivo e dar resposta a alguns que estão a alcançar a idade da pré-aposentação poderem ter esse direito”, disse.
Questionado se estava para breve, o ministro respondeu estarem a trabalhar com o Ministério das Finanças nesse objetivo e que “quando estiver fechado esse compromisso será tornado público”.
Sobre as reclamações apresentadas pelos sindicatos, José Luís Carneiro afirmou que “faz parte de um direito inalienável dos representantes sindicais e das associações de trabalhadores defender os seus direitos de forma convicta”, argumentando, contudo, ter sentido que estes “ficaram satisfeitos” pelo facto de “haver para 2023, 2024, 2025 e 2026 aumentos já contratualizados para todos os anos, com um reforço que vai dos 50 euros aos 100 euros e que apanha todas as carreiras e níveis remuneratórios”.
“O destacamento de Matosinhos da GNR [cujas instalações estão muito degradadas] é uma das nossas preocupações. Se tudo estivesse como deveria estar não haveria necessidade de 600 milhões de euros para investir na melhoria das estruturas e equipamentos das forças de segurança”, começou por dizer o ministro sobre as reclamações daquela força militar.
Acrescentou o governante que “essa prioridade tem vindo a ser acompanhada num diálogo entre a Secretária de Estado da Administração Interna [Isabel Oneto] com a presidente da Câmara Municipal de Matosinhos [Luísa Salgueiro] e, assim estejam prontas as novas instalações da PSP” haverá condições para, “transitoriamente, deslocar para lá a GNR e realizar os investimentos previstos com a Câmara de Matosinhos”.
O membro do Governo explicou a discordância da proposta do presidente da Câmara do Porto de suportar o pagamento de serviços gratificados feitos por agentes da PSP, afirmando que não se pode “colocar a PSP ao serviço, nomeadamente de entidades que têm na sua génese e atividade a atividade noturna”.
“Na vida noturna há perigos acrescidos e exige-se que a PSP seja a salvaguarda do estado de direito em todas as dimensões, em todos os momentos e perante qualquer perigo. Deve ser o Estado a assumi-lo”, reiterou o ministro.