“Neste momento, na ferrovia, infelizmente, temos a nossa capacidade esgotada”, disse o ministro numa audição no parlamento, no âmbito da proposta do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).
Perante este contexto, afirmou o ministro das Infraestruturas e Habitação, “se amanhã tivéssemos viagens a preço zero, a capacidade de o transporte receber mais passageiros seria quase nula”.
Estas declarações de Pedro Nuno Santos surgiram em resposta ao deputado único do Livre, Rui Tavares, que defendeu e questionou o ministro sobre a criação de um passe ferroviário nacional a um preço reduzido, à semelhança do que foi feito noutros países, como a Áustria e a Alemanha.
“Hoje, infelizmente, não há capacidade para receber mais passageiros”, disse o ministro, apontando casos em que os comboios circulam já hoje completamente cheios, como sucede nas zonas suburbanas de Lisboa e do Porto ou nas ligações Porto-Lisboa.
Uma “dimensão nacional” de um passe destes teria de ser “conjugada” com os passes que já existem e com “a compensação devida à CP”, disse ainda o governante.
Pedro Nuno Santos lembrou que entre as medidas de mitigação do aumento dos preços dos combustíveis e da generalidade dos preços se inclui a manutenção do preço dos passes urbanos e das viagens CP em 2023, uma medida que terá um custo orçamental de cerca de 66 milhões de euros e que chegará a 1,2 milhões de passes mensais.