A cerimónia tem início às 13h15 no Santuário de Nossa Senhora d’ Agonia, em Monserrate, com a participação e envolvimento dos pescadores.
Pelas 14h15, dar-se-á o embarque no cais para o Cabedelo, em Darque, com vários barcos de pescadores que levarão os jovens e os representantes das comunidades católicas e civis para a trasladação dos símbolos da JMJ até à Praça da Liberdade, em Viana do Castelo. A hora prevista do desembarque dos símbolos na cidade é às 16h30, que seguem em procissão pela Praça da Liberdade até ao Santuário de Nossa Senhora d’ Agonia.
No mesmo dia, pelas 21h00, vai realizar-se uma procissão de velas até à igreja de São Domingos, em Monserrate, onde decorrerá uma vigília de oração.
O evento conta ainda com o apoio da Câmara Municipal de Viana do Castelo.
Os símbolos vão percorrer os dez Arciprestados entre dezembro e janeiro. Nos dias 2, 3 e 4 irão para Caminha; nos dias 5, 6 e 7 em Vila Nova de Cerveira; 08 e 09 em Paredes de Coura; nos dias 10 e 11 em Valença; nos dias 12, 13 e 14 em Monção; nos dias 15 e 16 em Melgaço; nos dias 17, 18 e 19 em Arcos; nos dias 20 e 21 em Ponte da Barca; nos dias 22 a 25 em Ponte de Lima; e nos dias 26 a 29 em Viana do Castelo.
Já a 29 de janeiro de 2023 decorre a peregrinação, com início na Praça da Liberdade, e a celebração final, na Sé Catedral.
A cruz peregrina e o ícone mariano “Salus Populi Romani” partiram do Algarve, iniciando “uma grande experiência espiritual” com a promessa de “tocar o coração” e chegar a locais onde “a simbologia religiosa não está presente”.
A Cruz peregrina
Com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou aos cinco continentes e a quase 90 países. Tem sido encarada como um verdadeiro sinal de fé.
Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis.
Tem-se afirmado como um sinal de esperança em locais particularmente sensíveis. Em 1985, esteve em Praga, na atual República Checa, na altura em que a Europa estava dividida pela cortina de ferro, e foi aí sinal de comunhão com o Papa. Pouco depois do 11 de setembro de 2001, viajou até ao Ground Zero, em Nova Iorque, onde ocorreram os ataques terroristas que
vitimaram quase 3000 pessoas. Passou também pelo Ruanda, em 2006, depois de o país ter sido assolado pela guerra civil.
O ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani
Desde 2003 que a cruz peregrina conta com a companhia do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços. Este ícone foi introduzido ainda pelo Papa João Paulo II como símbolo da presença de Maria junto dos jovens. Com 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália. É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica.