Este é um dos maiores acordos num caso de condenação injusta na história de Nova Iorque, afirmaram, na sexta-feira, os advogados de Johnny Hincapie, que foi libertado em 2015.
O colombiano Hincapie, então com 18 anos, estava entre um grupo de jovens acusados de apunhalar fatalmente o norte-americano Brian Watkins, numa estação do metropolitano de Nova Iorque em 1990.
Hincapie, que não tinha antecedentes criminais, disse ter sido coagido a confessar o crime e apesar de se ter arrependido da falsa confissão, foi condenado por homicídio e sentenciado a prisão perpétua.
Tinha já cumprido 25 anos, três meses e oito dias de prisão quando a condenação foi anulada.
Numa declaração divulgada na sexta-feira, Hincapie, agora com 50 anos, disse nunca ter esquecido o que aconteceu a Watkins.
“Tenho a sorte de a minha inocência ter sido finalmente reconhecida pela minha cidade e pelo meu estado e aguardo com expectativa o próximo capítulo da minha vida com a minha família”.
Um dos advogados de Hincapie, Gabriel P. Harvis, considerou o acordo obtido com a cidade e o estado de Nova Iorque um reconhecimento da “inocência do cliente e das suas qualidades como pessoa”.