A ex-diretora-geral da Saúde recebeu o galardão pelas mãos de Marcelo Rebelo de Sousa que prometeu condecorar Graça Freitas desde muito cedo depois da pandemia.
“Mesmo aqueles que a criticaram imenso ou que fizeram cair sobre si as suas indignações pelos seus cansaços, todos reconhecem que, no momento crucial, ela estava lá”, lembrou o Presidente da República acrescentando que Graça Freitas “nunca recusou em dar a cara, e isso tem de ser reconhecido”.
Já Graça Freitas recordou os momentos do inicio da pandemia e o desconhecimento que toda a comunidade científica enfrentava.
“Todos atravessamos duas circunstâncias excecionais” ao longo da pandemia: “a rapidez dos acontecimentos, e o grau de desconhecimento”, disse Graças Freitas aos jornalistas depois da condecoração.
“Fui transmitindo aquilo que a ciência e as entidades oficiais de saúde me foram transmitindo”, reagiu a ex-diretora-geral quando questionada se estava arrependida de algumas medidas que tenha tomado.
“Era o que sabíamos na altura”, reforçou.
“Não era uma questão de injustiça. O que aconteceu fez parte do desafio que foi coletivo e estou muito orgulhosa como cidadã que conseguimos ultrapassar todos os obstáculos”, respondeu quando questionada se se sentiu injustiçada.
Graças Freitas anunciou a renuncia ao cargo de diretora-geral da Saúde em dezembro, já com Manuel Pizarro na pasta da Saúde e que agradeceu “a disponibilidade demonstrada pela diretora-geral da Saúde no término do seu mandato e todo o empenho e dedicação na liderança da Direção-Geral da Saúde ao longo dos últimos anos, de um modo especial na resposta à pandemia, a maior crise global de saúde pública do último século”, declarou o ministro.
De acordo com o Observador, a diretora cessante concordou manter-se no cargo até à sua substituição. Até ao momento, não se sabe quem a vai suceder.