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Desporto

09 Jan 2023

Roberto Martínez é o novo Selecionador Nacional de Portugal até 2026

Pedro Xavier

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Roberto Martinez é o novo selecionador de Portugal, sucedendo a Fernando Santos e foi apresentado ao início da tarde na Cidade do Futebol.

Ao meia-dia em ponto o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, começou por anunciar o nome do selecionador e deixar palavras de gratidão anterior selecionador Fernando Santos.

“Agradeço a Roberto Martínez o entusiasmo com que recebeu o convite da FPF. Sublinho o sinal de coragem que nos dá a todos, uma vez que aceita suceder ao treinador mais titulado da história da Seleção Nacional. Desejo-te, caro Roberto, toda a sorte, e recebo-te em nome dos portugueses seguro de que tudo farás para colocar a equipa de todos nós nas maiores decisões. Este é um momento importante para a Seleção. Não quero correr o risco de me esquecer de algum dos aspetos que considero importantes neste dia. Para começar, permitam-me que reafirme a honra que foi ter Fernando Santos como selecionador desde 2014. Juntos, construímos o período mais feliz da história da Seleção Nacional. O que a direção da FPF já teve oportunidade de afirmar em dezembro, repito hoje. Muito obrigado Fernando Santos. Esta será, para sempre a tua casa”.
“Depois de um Mundial em que sentimos que poderíamos ir mais longe, o desafio que encontrei foi este. A minha decisão, a nossa decisão depois de profunda ponderação, foi começar um ciclo novo. Apesar de o nosso mandato terminar no final do ano civil de 2024, cumpre-me tomar todas as decisões que assegurem uma transição tranquila para o meu sucessor ou sucessora. Isto significa liderar a candidatura ao Mundial’2030, reforçar os laços com os nosso parceiros, negociar patrocínios ou receitas, melhorar as competições da FPF, dar todas as condições às seleções e definir contratos com treinadores e treinadoras. Até ao último dia na Cidade do Futebol, é isso que podem esperar. Nas últimas semanas, defini, com Humberto Coelho, João Pinto e José Couceiro, o perfil do novo selecionador. Teria de ser ambicioso, conhecedor do futebol internacional, habituado a treinar jogadores ao mais alto nível e com experiência em grandes campeonatos e seleções. Nunca foi relevante o lugar de nascimento do novo selecionador. Temos jogadores que já atuaram, atuam ou virão a atuar em diferentes campeonatos. O percurso de Roberto Martínez fala por si próprio. Tem construído uma carreira com base no trabalho e na aquisição de competências. Há seis épocas começou a liderar a Bélgica, que colocou no ranking 1 do Mundo.
Ficou claro que se encaixou no perfil desejado. Acreditamos que Portugal pode e deve estar sempre nas decisões de grandes competições, e isso significa aceder pelo menos às meias-finais. É isso que ambicionamos e é esse o ADN da Federação. Somos um país do futebol. Portugal é um adversário temido e que se pode bater com qualquer equipa. Confiança, estabilidade, organização e capacidade de trabalho. Estou certo que o povo português irá apoiar Roberto Martínez. O ciclo de Fernando Santos durou mais de oito anos, o de Rui Jorge há 12. Jorge Braz está no futsal desde 2010… Os treinadores precisam de tempo e apoio para formar equipas. Isso é muito claro na FPF. Tem sido assim desde que aqui cheguei em 2011 e não será diferente agora. Roberto, tudo faremos para que o teu ciclo na Seleção seja longo e feliz. Nos próximos anos, tu e a tua família terão a oportunidade de conhecer um país que sabe acolher. Muito bem-vindo a Portugal e ao futebol português”.
Declaração de Roberto Martínez:

“Muito obrigado a todos. Vou tentar aprender português o quanto antes. Estou muito feliz por estar aqui, estou encantado por poder representar uma das seleções mais talentosas do Mundo. Desde a primeira vez que conheci a direção e o presidente soube que era este o projeto que queria. Entendo que haja grandes expectativas e objetivos, mas também entendo que há um grande conjunto de pessoas a trabalhar para cumprir os nossos objetivos. Obrigado”.

Roberto Martinez respondeu depois às perguntas dos jornalistas e sobre se conta com Cristiano Ronaldo respondeu: 

“As decisões têm de se tomar em campo. Não sou um treinador de tomar decisões apressadas. Quero conhecer todos, e a partir de hoje quero falar e conhecer todos os jogadores. O Cristiano faz parte dessa lista, teve 19 anos na Seleção e merece respeito, vamos falar. A partir daí, cabe-me fazer a melhor lista para o Europeu. Amanhã começaremos a trabalhar, a conhecer todos os jogadores, e o Cristiano é um deles”.

Instado a comparar Bélgica e Portugal e sobre se irá mudar de sistema frisou:

“Sim. Boa pergunta. O importante é sermos uma Seleção muito competitiva. Quando penso no meu percurso internacional, em seis anos e meio tivemos invictos em 28 jogos para grandes torneios. É uma forma de tornar uma competitividade dentro da equipa. Portugal tem de ter sempre vontade de ganhar tudo e para isso é preciso ser uma equipa moderna, com flexibilidade tática. Jogar com uma linha de três ou quatro defesas depende dos jogadores, e será meu trabalho e da equipa técnica tirar o máximo de cada jogador. A flexibilidade tática é muito importante. Se vamos jogar em transições, temos de estar bem estruturados sem bola e dar aso ao talento que temos com bola. Temos de controlar jogos. Essa flexibilidade tática dependerá dos jogadores”.

E sobre como viu o trajeto de Portugal nos últimos anos adiantou:
“Como selecionador rival, na altura, sempre vi Portugal muito competitivo. Temos de ir buscar jogadores que possam expressar o seu talento. Uma equipa que nunca pode perder a competitividade. Pouco a pouco temos de trabalhar como um clube. Gosto sempre de trabalhar com a formação. Os conceitos, à medida que vão subindo, têm de ser muito claros, e esse é um dos pontos importantes que uma equipa tem de ter em conta”.

Questionado sobre se tem na cabeça o objetivo de ser campeão da Europa disse:Já tem na cabeça o objetivo de ser campeão da Europa?

“Claro. Acredito que é preciso sempre sonhar alto. O que é importante é que se entenda o processo. Se não nos qualificarmos para o Europeu, não o podemos ganhar. Temos de assentar as bases, começar em março com dois jogos e a partir daí é preciso sonhar. Esta equipa tem de representar o povo português e vamos lutar para isso. O talento está cá, e a intenção de todos também. No meu primeiro contacto com a Federação, deu para perceber que a intenção e a maneira de trabalhar está muito clara. Acredito no projeto, nos jogadores, e estou ansioso para que possamos crescer juntos”.

Com esta cerimónia de apresentação do novo selecionador começa uma nova etapa na seleção principal portuguesa de futebol.
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