“A Casa das Artes arcuense propõe um alinhamento de 12 projetos, numa filosofia eclética, mas atenta à História e às novas dinâmicas sonoras, assumindo, sem temores, a responsabilidade de ser o primeiro evento do ano que celebra a música nacional.” conta Nuno Soares, Diretor do Festival.
A 21ª edição arranca a 4 de fevereiro com um concerto repleto de groove dos HMB. A banda, composta por um grupo de amigos, deu os primeiros passos em 2012 com o lançamento do primeiro disco homónimo. Mas, hoje, com influências de soul e RnB, um toque de jazz, funk e hip hop, são um projeto consolidado, que tem em “O amor é assim”, feito em colaboração com Carminho, um bom exemplo disso.
A 11 de Fevereiro, segundo fim-de-semana do Sons, há dose dupla de atuações. Rita Vian traz a sua voz de sereia que faz qualquer ouvinte viajar entre o passado e o futuro, num espectro amplo entre a eletrónica e a tradição. E os Stick & Rope Band propõem uma experiência musical instrumental de identidade sonora própria, onde a madeira e as cordas são os dois materiais que sustentam a construção dos cordofones e de todos os instrumentos de cordas com a qual se apresentam ao vivo.
Sam The Kid, um dos maiores produtores nacionais, também se junta à festa acompanhado das rimas de Beware Jack num concerto especial de Classe Crua, que promete atrair público de várias gerações. O encontro está marcado para o dia 18 de fevereiro.
A última proposta do mês faz-se ao som de sonoridades mais “revivalistas”. A começar, os Ardours, uma banda de rock alternativo formada em 2015 por Mariangela Demurtas, ex-vocalista dos Tristania, e Kris Laurent, que pertenceu aos Cadaveria. Depois deles, uma banda de culto no contexto da música feita em Portugal, os TAXI. Nascidos em 1979, no Porto, a banda com influência musical pós-punk, new wave e ska, marcou gerações com temas como “Chiclete”, “Vida de Cão” ou “Cairo”.
A começar o mês de março, no dia 4, a Casa das Artes de Arcos de Valdevez é tomada de assalto por uma das bandas portuguesas mais enérgicas, emocionantes e apaixonantes que podemos ver ao vivo: os The Black Mamba. Desde 2010 percorrem o universo do blues, soul e funk, adaptando-o ao seu habitat natural, e recentemente representaram Portugal na Eurovisão depois de vencerem o Festival da Canção com o tema “Love Is On My Side”.
No sábado seguinte, a 11 de março, atuação dupla com o cantautor Valter Lobo e o virtuoso guitarrista Manuel de Oliveira. Valter Lobo afirmou-se em 2016 com a edição do seu primeiro álbum, “Mediterrâneo”, assumindo-se cada vez mais como um artista verdadeiramente independente em todas as formas: do pensamento e composição à forma de comunicar, sem moda ou apropriação estilística. Já na música de Manuel de Oliveira, fronteira, território, comunidade e identidade serão sempre palavras-chave. É isso que vamos comprovar em “Entre-Lugar”, que será apresentado ao vivo.
Também os Dapunksportif se juntam a estes 21 anos de Sons de Vez. A 18 de março transformam-se na banda sonora que nos abana e personifica instrumentalmente as questões que vamos criando, com os riffs de guitarras que abraçam o calor do baixo, teclas que criam a ambiência aconchegante e dançante e a bateria que nos vai guiando pelo caminho.
Para terminar, a 25 de março, Frankie Chavez com um Blues/Folk composto por ambientes limpos e outros mais crus, difícil de catalogar num só termo, e 47 de Fevereiro, que expressam a visão de jogo que emana dos seus elementos titulares, sem filtros ou condicionalismos, rematando e driblando palavras e acordes sob a forma de Rock’n’Roll.
Para além de todos os inesquecíveis concertos e, conforme vem acontecendo todos os anos, estará no Foyer do Auditório da Casa das Artes de Arcos de Valdevez uma exposição fotográfica com a compilação dos momentos mais marcantes da edição anterior. Este ano será igualmente apresentada uma intervenção plástica ao vivo, que homenageará os nomes e projetos que constituíram estes 21 anos do Sons.
Os bilhetes para a 21ª Edição do Festival Sons de Vez ficam disponíveis para compra, como sempre, na semana de cada espetáculo, via telefone, pelo número da Casa das Artes 258 520 520.