“Esta iniciativa visou agradecer ao poder político eleito e ao povo português toda a solidariedade e pedir a continuação do apoio, com vista a obtenção da paz com o fim da invasão da Ucrânia”, destacou esta associação, em comunicado.
Portugal aderiu à “jornada mundial de apoio à Ucrânia”, respeitando, às 18:24, “um minuto de silêncio” pelos milhares de vítimas, “muitas das quais crianças, mulheres e idosos indefesos”.
A Associação dos Ucranianos em Portugal, que estimou em cerca de 15.000 pessoas nas ruas de 11 cidades portuguesas, sublinhou a “concentração em frente ao Parlamento, em Lisboa, com intervenções de vários deputados, seguida de marcha até Câmara Municipal”.
“No Porto a concentração foi feita no Coliseu, seguida de marcha até à Câmara Municipal e em frente às Câmaras Municipais, por todo o país, nomeadamente em Águeda, Coimbra, Santarém, Setúbal, Santiago do Cacém, Évora, Albufeira, Lagos e Funchal. Nas várias cidades os presidentes da Câmara e o presidente do Governo Regional da Madeira, no Funchal, fizeram curtos discursos de apoio à Ucrânia”, adiantou esta associação na nota de imprensa.
Em várias cidades foram vistas bandeiras russas, bielorrussas e iranianas de opositores a estes regimes e solidárias com a Ucrânia, acrescentou.
Esta associação realçou também que “Portugal reconhece o papel da Ucrânia na defesa da liberdade na Europa e no mundo”, sublinhando a decisão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de atribuir a Ordem da Liberdade ao Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que “representa a coragem do povo ucraniano”.
Além de destacar as “centenas de milhares de mortos de ambos os lados e milhões de deslocados”, a Associação dos Ucranianos em Portugal vincou ainda as “consequências negativas por todo o mundo” devido ao conflito, como “a fome em África, pela falta de cereais, e a inflação na Europa”.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, há exatamente um ano, 8.006 civis mortos e 13.287 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.