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09 Fev 2023

Pescadores despedidos lutam pelos seus direitos em Viana do Castelo

Mariana Costa

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Decorreu hoje, uma “Ação de solidariedade e denúncia”, na Rua dos Mareantes, junto ao edifício da Viana Pescas, em Viana do Castelo.

No Dia Nacional de Indignação, Protesto e Luta, o Coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Norte, Nuno Teixeira, disse que esta ação foi marcada numa perspetiva de denúncia de um conjunto de problemas do setor, mas centralizando numa questão que afeta os trabalhadores do Cerco (Sardinha) e no despedimento de dois pescadores.

“Ano após ano, os trabalhadores são despedidos quando a safra termina. No entanto, existe um fundo de compensação salarial que os Armadores recebem para ajudar os pescadores, mas que não cobre a totalidade dos rendimentos”, explicou o sindicalista.

“Habitualmente, a safra termina em dezembro. Nessa altura os pescadores ficam sem trabalho, mas o normal é regressarem outra vez em janeiro. Isto acontecia já há 8 anos na empresa que acabou por despedir estes dois pescadores, não os voltando a chamar”. disse o coordenador.

Numa altura em que “os Armadores se queixam de mão de obra”, Nuno Teixeira afirmou que “o sindicato e a federação do setor da pesca está disponível para dialogar com os Armadores para fazer face a esse problema”.

“Um pescador pode trabalhar um mês todo, 14 ou 15 horas no mar e simplesmente porque não houve peixe, ele ganhou zero”, revelou o coordenador.

João Luís Chavaria e David Moura foram os dois pescadores despedidos pela empresa Irmão Fontela.

João é pescador há 45 anos e estava na empresa desde 2007. Revelou que “a cada paragem da safra da sardinha fazem um novo contrato”. Já David, pescador há 12 anos, diz que o seu trabalho “era a única fonte de rendimento em casa”.

Segundo os pescadores despedidos, a única resposta que a empresa deu a 28 de dezembro, foi que “para o ano podíamos procurar vida por outro lado”.

De oito pescadores, João e David, são os únicos a lutar pelos seus direitos. Os trabalhadores afirmam que vão levar o caso ao tribunal de trabalho e que a luta vai continuar.

“Eu vou lutar pelos meus direitos até ao fim, doa a quem doer”, concluiu João Chavaria.

Fotos: Rádio GEICE / DR

 

 

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