“Temos mandato para greve por tempo indeterminado e estamos a cumprir todos os requisitos legais para manter essa greve, apesar dos serviços mínimos”, disse o coordenador do STOP, André Pestana, sublinhando: “A qualquer momento, se assim for a decisão de quem trabalha nas escolas, cancelamos num minuto”.
O responsável explicou ainda que para cancelar um pré-aviso de greve basta “mandar um mail para as entidades responsáveis a dizer que está cancelado.
“Mas para marcar temos de cumprir determinado número de dias com antecedência”, justificou.
André Pestana sublinhou que esta greve “por tempo indeterminado” resulta de uma sondagem em que participaram “milhares de colegas”, feita em finais de novembro, e garantiu que o STOP, “de forma responsável, quer que a greve continue legal”.
A greve foi convocada pelo sindicato em dezembro e, em janeiro, começaram outras greves promovidas por outras estruturas sindicais, que foram acompanhadas por fortes protestos e manifestações.
No final da semana passada, o Tribunal Arbitral voltou a definir novos serviços mínimos, que agora passam a garantir também três horas de aulas nas escolas.
No início do ano letivo, a tutela decidiu iniciar um processo negocial para rever o modelo de contratação e colocação de professores, mas algumas propostas deixaram os professores revoltados, como foi o caso da possibilidade de os diretores poderem escolher parte da sua equipa.
Desde então, as negociações entre sindicatos e ministério têm decorrido em ambiente de forte contestação, com os professores a realizarem greves e manifestações.
Fora da agenda negocial, estão reivindicações que os professores dizem que não vão abandonar, tais como a recuperação do tempo de serviço ou as progressões na carreira.