Inserida no ciclo ‘Memórias da Guerra em África’, promovido pelo Centro Mário Cláudio, a conferência de sábado, 22 de abril, pelas 16h00, e com entrada livre, reúne os escritores Lídia Jorge, Manuel Alegre, João Melo, Mário Cláudio e Carlos Vale Ferraz, que a par de exposições, debates e exibições, tendo por referência os conflitos que se travaram nas três frentes, Guiné, Angola e Moçambique, têm trazido a Paredes de Coura a reflexão e relembrança, e de respeitosa homenagem à memória de quem morreu e sofreu.
Esta conferência com escritores que estiveram na guerra, mas também os debates com historiadores de vários quadrantes políticos, um ciclo de cinema, além de sessões de leitura de textos e de troca de opiniões, bem como as exposições e acervo documental facultado pelas gentes de Paredes de Coura e que se encontra patente no Centro Mário Cláudio, em Venade, completam este ciclo ‘A Guerra em África’ que, desde o ano passado, tem passado por Paredes de Coura.
António Zambujo com Couravoce e Samuel Úria
Mas Abril, o mês da Liberdade, não podia ser celebrado sem a música e as canções. António Zambujo, na noite de sábado, 22 de abril, e Samuel Úria, noite de 24 (segunda-feira), trazem ao Centro Cultural dois dos mais interessantes cantautores da atualidade.
António Zambujo apresenta-se no Centro Cultural não só com ‘Voz e Violão”, álbum de 2021 em que o músico alentejano se inspira no trabalho quase homónimo de João Gilberto, mas acompanhado do coro Couravoce, que, com certeza, trará uma outra abordagem às composições envolventes do criador de ‘Pica do 7’.
E já que estamos com verdadeiros hinos da moderna música portuguesa, sem dúvida que ‘Carga de ombro’ de Samuel Úria foi dos temas com maior air play nas rádios nacionais nos últimos anos. Na noite de 24, Samuel Úria far-se-á acompanhar de Jónatas Pires (guitarra elétrica e acústica, harmónio indiano, voz), Silas Ferreira (teclados, sampler, percussão, oboé, voz), António Quintino (baixo, voz) e Tiago Ramos (bateria, glockenspiel, voz) e vai privilegiar o álbum ‘Canções do Pós-Guerra’, mas que não têm nada de bélico.
Temas como “Fica Aquém”, “O Muro”, “A Contenção” ou “Aos Pós” são incontornáveis do trovador das patilhas, bem como “Lenço Enxuto”, “É preciso que eu diminua”, “Fusão” ou “Teimoso” que atravessam o percurso de Samuel Úria e que fez deste músico e compositor um nome maior da escrita de canções em língua portuguesa.