“O turismo temático é hoje um grande desafio para os territórios e todos temos de estar despertos para valorizar e apresentar os nossos ativos“, sublinhou, esta sexta-feira, na sessão de abertura do I Encontro do Património Industrial do Alto Minho, que acontece até este sábado na Escola Superior de Educação, em Viana do Castelo.
Perante José Lopes Cordeiro, presidente da Associação Portuguesa para o Património Industrial (APPI), José Carlos Loureiro, presidente do Centro de Estudos Regionais (CER), e César Meira de Sá, diretor da ESE-IPVC, Luís Nobre afirmou também que “o setor do turismo tem crescido, num processo coletivo que faz todos ganhar“, e lembrou que, durante a pandemia, foi lançada a Rede Municipal de Turismo, que inclui um variado programa de capacitação “que nos trouxe uma dinâmica que nos surpreendeu e nos permitiu trabalhar e crescer em conjunto com diversas entidades“.
Já o Presidente da Associação Portuguesa para o Património Industrial referiu que, com este encontro, procurou-se contrariar a ideia de que o Alto Minho não teve indústria.
“Viana do Castelo tem algumas particularidades no âmbito industrial. A Ponte Eiffel, por exemplo, é extremamente importante. Podemos dizer que, não tendo sido nem a primeira nem a única, tem uma relevância internacional por ter sido projetada pelo próprio engenheiro Gustave Eiffel“, frisou. “Esta é uma grande cartada que Viana do Castelo tem a jogar“, destacou, defendendo ainda a “valorização da Ponte Eiffel e a eventual criação de um Centro de Interpretação” em torno da mesma.
O diretor da Escola Superior de Educação indicou que o património tem sido “parte integrante” da oferta formativa da escola de ensino superior e anunciou que será aberta, em breve, uma nova oferta em Serviços Educativos e Valorização do Património.
O responsável considerou que este primeiro encontro é “muitíssimo importante porque é preciso consciencializar, defender, valorizar e promover o património, até como fator de pertença da comunidade onde está inserido“.
Este sábado, no âmbito deste I Encontro, será assinado um acordo de colaboração para a integração da Rota da Cerâmica de Alvarães na rede nacional do Turismo Industrial. Este percurso interpretativo será o primeiro no distrito de Viana do Castelo a integrar a rede nacional do Turismo Industrial, contando com uma extensão de 15,6 quilómetros e passando por 13 pontos de interesse industrial, cultural e ambiental.