Luís Nobre, que falava na Sessão Solene comemorativa do Centenário do Elevador de Santa Luzia, defendeu um trabalho conjunto para que os poucos elevadores e funiculares (ainda em funcionamento) existentes a nível nacional possam aumentar e melhorar a sua divulgação.
Na cerimónia, o autarca referiu que o Elevador de Santa Luzia “é um ícone da nossa cidade” que está ligado a um outro ícone que é o Santuário Diocesano do Sagrado Coração de Jesus.
Depois de 10 meses parado devido a problemas técnicos e após um investimento municipal de mais de 400 mil euros para remodelação e modernização da infraestrutura, o responsável considerou que “valeu a pena pelo significado que é celebrar o centenário de um equipamento desta importância e amplitude”. “Este é um momento de felicidade para todos”, declarou.
Nos últimos 15 anos, entre 2007 e 2022, o Elevador transportou mais de 1,6 milhões de passageiros, permitindo visitar o santuário, “observar a frente atlântica e o património edificado, numa experiência única”, frisou ainda Luís Nobre. A utilização do elevador evitou ainda que cerca de cem viaturas subissem, todos os dias, o monte de Santa Luzia.
A 2 de junho de 1923 foi inaugurado o Elevador de Santa Luzia. Vencendo um desnível de 160 metros, em seis a sete minutos, a viagem no Elevador de Santa Luzia é a mais longa de todos os funiculares do país, com os seus 680 metros, tendo mais do dobro da distância do que se lhe segue. A lotação é de 24 passageiros, onze sentados e treze em pé, e, reduzindo estes, podem ser transportadas pessoas em cadeiras de rodas, carros de bebés e duas bicicletas.
O Elevador de Santa Luzia foi construído “sob orientação do engenheiro portuense Bernardo Pinto Abrunhosa que, em setembro de 1921, solicitou à Comissão Executiva que se atestasse da importância, valor e influência do desenvolvimento da estância de Santa Luzia para o progresso da cidade e região”.