Em comunicado enviado às redações, que apresenta as principais conclusões deste novo estudo, a organização de defesa dos consumidores revela que a “diferença chega a ser 14% que nos outros canais de distribuição” tidos em conta – como os espaços de saúde das grandes superfícies comerciais e as parafarmácias, nomeadamente.
Na análise, a DECO considerou “alguns dos medicamentos mais vendidos em Portugal” – como o Ben-u-ron 500 mg, o Daflon 1.000 mg e o Voltaren Emulgelex Gel 20 mg/g, embalagem de 180g. E concluiu que todos eles ficavam mais caros se comprados numa farmácia do que num hipermercado (2,79 contra 2,52 euros; 21,36 contra 18,84 euros; e 23,36 contra 21,35 euros, respetivamente).
Contas feitas, “na esmagadora maioria dos casos”, explica a fonte citada, “o consumidor poupa mais se optar por comprar nos espaços de saúde dos hipermercados ou supermercados”. Isto porque, comprando os 26 medicamentos estudados nesses espaços, pagará 218 euros – valor que fica abaixo dos 232 euros se a compra for feita nas parafarmácias de rua, bem como dos 245 e 252 euros da sua aquisição nas farmácias e farmácias online.
A DECO Proteste explicou ainda que estes dados derivam do facto de, após os medicamentos não sujeitos a receita médica terem deixado de “ser vendidos exclusivamente nas farmácias […], o preço deixou de ser fixado pelo Estado”. Por isso, “a diferença de preços entre as grandes superfícies e as farmácias tem sido constante” desde então.
Apesar destes números, dados do Infarmed citados por esta associação mostram que as farmácias continuam a deter o maior volume de vendas destes fármacos (78% do mercado).