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16 Jun 2023

Investigadores da Universidade de Évora acompanharam libertação de Lampreias no Rio Vez na preservação de ecossistemas

Pedro Xavier

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Durante o mês de maio, uma equipa de investigadores da Universidade de Évora/MARE-Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, juntamente com o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, e o Núcleo de Proteção Ambiental de Arcos de Valdevez, acompanhou a libertação de 14 lampreias-marinhas (Petromyzon marinus, L.) no rio Vez, em Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo.

Este acompanhamento resultou da iniciativa de um conjunto de pescadores profissionais que trabalha no rio Lima que decidiu libertar alguns dos animais previamente capturados durante a atividade piscatória. A ação teve como finalidade promover a desova de alguns exemplares desta espécie no rio Vez, um dos principais afluentes da bacia do Lima, de modo a aumentar a sua abundância neste local nos próximos anos. 

A lampreia marinha é uma espécie que se encontra com o estatuto de conservação de “Vulnerável” em Portugal e que termina a sua época de reprodução no final de maio/início de junho. Esta ação resulta também do intenso trabalho de parceria e de sensibilização que a Universidade de Évora e o MARE têm vindo, ao longo dos últimos anos, a desenvolver junto de diversas comunidades piscatórias do nosso país, e cujos resultados práticos se vão revelando através da promoção destas iniciativas.

De acordo com Pedro Raposo de Almeida, Diretor do MARE e coordenador de vários projetos relacionados com a gestão da pesca às espécies diádromas, como a lampreia-marinha “É com grande satisfação que assistimos a estas iniciativas promovidas pelos pescadores profissionais. Ao longo dos últimos anos temos procurado envolver os pescadores na gestão da pesca destas espécies migradoras, particularmente, da lampreia-marinha e do sável, porque a proteção destes valiosos recursos naturais só será bem-sucedida, se contar com a colaboração das comunidades piscatórias do nosso país.”

Espera-se que esta ação positiva por parte dos pescadores permita sensibilizar, não só outras comunidades piscatórias, mas também outras entidades envolvidas na conservação e gestão destes recursos naturais, demonstrando que a preservação destes ecossistemas é uma missão de todos nós.

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