A comitiva chinesa, liderada pelo Embaixador, visitou Viana do Castelo, empresas e atividades locais, nomeadamente a construção e reparação naval e a metalomecânica.
Ao autarca vianense, Zhao Bentang reconheceu que Viana do Castelo tem dado um salto em todos os domínios, destacando o desenvolvimento económico e acreditando que a capital do Alto Minho está na linha da frente no que toca à economia azul, questões energéticas, desenvolvimento e criatividade, áreas em que a China também está muito interessada. O Embaixador referiu que vê Viana do Castelo, em termos geoestratégicos, como uma porta de entrada na Europa e um ponto de ligação com a Ásia.
Disse, por isso mesmo, estar interessado em criar uma plataforma de trabalho liderada pelo Município de Viana do Castelo e pela Embaixada para estabelecer um espaço de ‘networking’ com empresas portuguesas e chinesas.
No encontro, ficou ainda evidente que a investigação e desenvolvimento é outro dos pontos em comum entre Viana do Castelo e a Embaixada. O Presidente da Câmara apresentou o Centro Tecnológico em Energias e Tecnologias Oceânicas, que a autarquia está a desenvolver em parceria com o Instituto Politécnico de Viana do Castelo.
Luís Nobre apresentou ainda a Agenda do Mar 20-30, que tem o objetivo de atrair para Viana do Castelo investimentos públicos e privados na ordem dos 1.000 milhões de euros, ao longo desta década.
Nesta reunião marcaram presença, na comitiva chinesa, a Conselheira Económica e Comercial e um representante do CCS – China Classification Society. O CCS, fundado em 1956, em Beijing, conta já com 60 autorizações governamentais dos principais países ou regiões de transporte internacional e tem 120 escritórios em todo o mundo. É a única organização profissional na China a fornecer serviços de classificação e visa fornecer serviços para o transporte marítimo, construção naval, desenvolvimento offshore e indústrias de manufatura relacionadas com seguros marítimos. Presta serviços jurídicos a navios e instalações offshore, para a salvaguarda da segurança da vida e da propriedade no mar e para a prevenção da contaminação do ambiente oceânico.
Da parte do representante, foi indicada a disponibilidade para integrar o Centro Tecnológico em Energias e Tecnologias Oceânicas, a surgir em Viana do Castelo, na plataforma do CCS.
Esta ação de diplomacia institucional está entre os objetivos da Autarquia que, desta forma, dá a conhecer as potencialidades e as estratégias que tem definidas em áreas fundamentais como a economia, a economia do mar, o ambiente e a sustentabilidade.