O IKFEM arrancou ontem, dia 20, no Passeio Fluvial de Tui, com um espetáculo flutuante: “Dos Sistemas Solares” com Delphine Coutant (piano), Daniel Trutet (violoncelo) e Jenny Violleau (trombone). Entre uma mini ópera pop e uma tragédia antiga, a poeta, compositora e música francesa Delphine Coutant alia a sua obra à natureza, sempre em harmonia com o meio ambiente. Com vista das duas margens, este espetáculo aconteceu no rio Minho, o mesmo que une a Eurocidade Valença-Tui.
A união das duas cidades é também feita pela Ponte Internacional – outrora fronteira – que, este ano, volta a fechar ao trânsito. Hoje, dia 21, às 18h00, a ponte será palco dos projetos selecionados na convocatória da IKFEM Criativa – uma plataforma aberta aos talentos de Portugal e da Galiza nas diferentes áreas: música, gastronomia, dança, moda, pintura, literatura e teatro . Os interessados em integrar o cartaz do IKFEM, e apresentar o seu projeto na Ponte Internacional, devem inscrever-se online até 10 de julho.
Às 21h30, no Jardim Municipal de Valença, atuam Ellen De Lima com Rodrigo & Gustavo Almeida, numa partilha de histórias entre Portugal, a Galiza e o Brasil, um encontro de gerações que em comum têm a paixão pela música.
No dia 22, às 18h00, a Praça da República de Valença recebe Antía Muiño, eleita “Melhor Artista Emergente” nos Prémios Martín Códax de la Música Gallega, e embaixadora do programa EQUAL do Spotify, com música exclusivamente no feminino.
Às 21h30, o destaque desta edição: António Vitorino Almeida, Katia Guerreiro e Cremilda Medina apresentam-se no Jardim Municipal de Valença. A celebrar 70 anos de carreira, o pianista faz-se acompanhar pela fadista portuguesa e pela cantora cabo-verdiana para um espetáculo sublime de fusão e lusofonia. “70 anos de carreira – Mornas & Fados” começa com um solo do maestro, mas também mornas com Cremilda Medina e fados com Kátia Guerreiro. Haverá ainda tempo para as cantoras e respetivos músicos apresentarem os seus trabalhos, individualmente. O final será apoteótico com todos em palco.
Ainda em Valença, no dia 23, às 11h00, Néboa leva à Praça da República um concerto que combina a música tradicional galega e de autor com o pop alternativo e o indie-eletrónica.
Às 18h00, Elektrofadas propõem um concerto didático, uma viagem pelas emoções através da música. Na Igreja do Salvador de Ganfei, às 21h30, a arte visual e música de Alqvimia Musicae, com um órgão digital e sintetizadores que cruzam o histórico com o contemporâneo. Uma fusão de música e vídeo mapping ao vivo que não deixa ninguém indiferente.
Depois de dois dias intensos em Valença, o IKFEM continua em Tui. Dia 24, a Igreja de Santo Domingo recebe, às 21h30, o Duo Moraguez – Pilar e Arabel Moráguez – que propõem um concerto de música cubana com melodias, ritmos e harmonias do Caribe. Haverá ainda oportunidade para ouvir, em primeira mão, uma peça do compositor cubano Leo Brouwer.
No Dia da Galiza, 25 de julho, a Igreja de São Domingo recebe, às 18h00, o solo de Daniel Pereira que leva a palco as quatro sonatas para piano de Beethoven. Às 21h00, é a vez de Arume de Malvas, grupo de música tradicional que recupera a história de três décadas do grupo folclórico Terra de Malvas.
O encerramento do IKFEM 2023 está marcado para as 21h30, na Praça São Fernando em Tui, com Alqvimia Musica e o espetáculo de fusão entre a música e vídeo mapping.
O Balcón de IKFEM
De 21 a 25 de julho, às 10h00, voltam a realizar-se, no Espaço Xoves de Tui, as mini masterclasses e encontros onde poderá conhecer de perto o festival e conversar com os seus protagonistas.
A entrada para os concertos é livre, mas limitada à lotação de cada espaço.
Toda a informação em http://www.ikfem.com.
Sobre o IKFEM
Fundado em 2013 pela pianista e gestora musical Andrea González, através das associações Xuventudes Musicais Eixo Atlántico (Espanha) e Juventude Musical Eixo Atlântico (Portugal), com o objectivo de criar um espaço de enriquecimento cultural e promoção de novos talentos, e promover o intercâmbio entre Portugal e Espanha, o IKFEM celebra, na Eurocidade Valença-Tui, a música e os diferentes ritmos, da clássica ao rock, da barroca à electrónica, do fado ao flamenco. Além de música, o festival cruzou-se com outras disciplinas como a moda, o cinema e a gastronomia potenciando as sinergias entre as culturas.