O projeto acontece em parceria com a Metaloviana, que assegura o metal, o vidro, mecanização e automatismos, sendo que o showroom da Casas Em Movimento fica agora disponível para visita nas instalações da Metaloviana – Cerâmica Rosa, em Alvarães.
Na cerimónia de apresentação da Casas em Movimento, o Presidente da Câmara Municipal, Luís Nobre, revelou que esta empresa integra e densifica o “VIANA S+T+ARTS CENTRE”, projeto de transformação do antigo Matadouro Municipal num centro para criação que vai combinar a ciência e tecnologia com arte e que já garantiu um financiamento de 5 milhões de euros através do programa Novo Bauhaus Europeu, do Pacto Verde.
O autarca recordou a aposta que o Município tem feito na sustentabilidade e no ambiente, nomeadamente ao integrar a rede Mobi.E, ao desenvolver o primeiro Plano de Mobilidade Elétrica a nível nacional, ao integrar, há já vários anos, na sua frota autocarros, viaturas e bicicletas elétricas, entre outras iniciativas.
Fundada em 2010 pelo arquiteto Manuel Vieira Lopes, a Casas em Movimento nasceu da procura de uma “arquitetura viva, com uma composição plástica integrada e uma diversidade espacial forte”, do sonho de conciliar os espaços com a envolvente, orientados pelo Sol, e de criar espaços dinâmicos que se adaptassem em dimensão à rotina de quem os usa. O responsável assumiu, assim, que a casa agora instalada na Metaloviana – Cerâmica Rosa é “um edifício positivo, que produz quase seis vezes mais energia do que consome”.
Embora o conceito inicial tivesse por base o desenvolvimento da tecnologia enquanto casa “Em Movimento” (habitação), verificou-se que essa tecnologia é muito mais abrangente, muito mais que Casas Em Movimento, e aplica-se a toda a arquitetura.
Os edifícios da empresa podem ser desenhados de forma a produzirem pelo menos tanta energia quanto consomem, podendo inclusive produzir energia suficiente para abastecimento de viaturas elétricas.
A Casas Em Movimento marca a conclusão bem-sucedida do Projeto de Investigação e Desenvolvimento (PT2020) e integra a inauguração de um novo modelo de Edifício Em Movimento, desenhado para implantação em espaços urbanos (Smart Cities), amigo do ambiente, elegível para fundos comunitários e muito mais. O projeto foi financiado pelo PT2020 em 1 milhão 131 mil euros, tendo sido a candidatura de 1,5 milhões.