“O senhorio propôs um aumento de renda e a direção procurou um acordo que nunca foi conseguido. O senhorio avançou para tribunal com uma ordem de despejo e, até que haja uma decisão do tribunal, o Taurino tem, mensalmente, de fazer o depósito de uma renda avultada. Para a suportar, o clube precisaria de uma receita adicional de 1.000 a 1.100 euros, de que não dispõe. Na assembleia geral [de segunda-feira], foi pedido apoio financeiro direto, donativo ou quota suplementar facultativa no valor que cada sócio entenda”, explicou João Valença, presidente da mesa da Assembleia Geral da instituição de Interesse Municipal de Viana do Castelo, que completa 113 anos a 10 de agosto.
O responsável adiantou que o clube, que nos anos 80 suportou as despesas de várias obras de reabilitação do edifício, que acolhe também dois estabelecimentos comerciais na Praça da República, no centro histórico de Viana do Castelo, vai ter em breve uma reunião com a autarquia, tendo em vista avaliar a possibilidade de apoio perante a subida da renda por parte do senhorio.
“O esforço maior terá de ser dos associados. Mas julgo que a autarquia, tendo até em conta o aumento das nossas atividades – fomos recentemente campeões de bilhar na 2.ª divisão, temos bridge e xadrez -, também apoiará”, disse João Valença, revelando que haverá em breve uma reunião com a autarquia para “ver o que pode ser feito” pelo Taurino Clube.
O presidente da mesa da Assembleia Geral explicou que a associação, com “250 a 300 sócios”, sempre esteve, e continua, “disponível para negociar um aumento de renda”, mas não o aumento proposto pelo senhorio.
Até porque, sublinha, toda “o clube fez o edifício de novo, a expensas suas, permitindo sempre o funcionamento dos dois estabelecimentos comerciais”.
“Atualizando a valores de hoje, foram cerca de 750 mil euros”, indicou o responsável.
Sem aceitar negociar o aumento da renda, o senhorio avançou para tribunal com uma ordem de despejo do clube, explicou, acrescentando que o Viana Taurino já respondeu e aguarda pela decisão judicial.
“Queremos que a nossa praça tenha vida, mas há vida para lá do imobiliário”, observou João Valença.