O anúncio foi feito em Lisboa, no final da missa de encerramento da JMJ no Parque Tejo, após Francisco convidar também os jovens para participarem, em 2025, no Jubileu dos Jovens em Roma.
A grande bandeira que foram acenando ao longo da missa identificava o grupo de mais de uma centena de sul-coreanos, mas no momento em que o Papa Francisco anunciou o país que irá receber a próxima JMJ, foi sobretudo o barulho da sua celebração que revelou onde estavam.
“Coreia, Coreia, Coreia”, gritavam entre aplausos, apesar de já desconfiarem que poderiam ser a próxima escolha do líder da Igreja Católica.
“Havia rumores de que poderia ser na Coreia do Sul e confirmou-se. Estamos muito felizes”, contou um dos líderes do grupo, admitindo que as dezenas de jornalistas que durante a missa o filmavam e aos colegas “denunciaram, de certa forma”, a escolha do Papa.
Logo no sábado, muitos grupos de peregrinos sul-coreanos estenderam os sacos-cama junto às barreiras que delimitam os setores destinados aos peregrinos e hoje, munidos de aparelhos de tradução e com uma vista privilegiada para o altar-palco, ouviram o anúncio de que o seu país iria receber a próxima Jornada Mundial da Juventude.
“Sinto-me muito entusiasmado e estou certo de que a nossa Igreja fará um ótimo trabalho”, disse Matthias (nome católico), antecipando que a próxima Jornada será diferente daquela que termina hoje em Lisboa, porque a cultura sul-coreana é muito distinta da europeia. “Mas sei que vai ser divertido na mesma e espero que muitos europeus também venham”, acrescentou.
Depois de o Papa Francisco ter anunciado que Seul irá receber a próxima edição da JMJ, jovens sul-coreanos subiram felizes para o palco do Parque Tejo com bandeiras da Coreia do Sul.
Há 50 anos, os católicos representavam apenas cerca de 1% da população da Coreia do Sul. Hoje, representam 10% dos 50 milhões de habitantes daquele país e as estatísticas do Vaticano mostram que são batizados todos os anos cerca de 100 mil sul-coreanos.
Os festivais religiosos ocorrem habitualmente em agosto, o mês mais quente na Coreia do Sul.
A JMJ surgiu da iniciativa do Papa João Paulo II em 1985 (Ano Internacional da Juventude) e a primeira JMJ ocorreu no ano seguinte em Roma, Itália.
O anúncio da escolha de Lisboa foi feito em 27 de janeiro de 2019, na missa de encerramento da JMJ na Cidade do Panamá.