Grupos de cidadãos convocaram para domingo o “Protesto pela Floresta do Futuro” em sete localidades portuguesas, com base num manifesto contra os incêndios florestais e o papel da indústria da celulose na monocultura do eucalipto em Portugal.
O protesto, convocado para Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Odemira, Vila Nova de Poiares e Sertã, defende que Portugal precisa de menos eucaliptos e de “construir bosques e áreas florestais resilientes às alterações climáticas, que não sirvam apenas os interesses das grandes empresas, mas que sejam conservadores de solos e água perante a ameaça da desertificação”.
“O que nós exigimos é uma floresta diversa, habitada, que tem estes meios de combate e vigilância o ano inteiro, guardas e vigilantes da natureza, sapadores florestais, noções de conservar água e solos para evitar a ameaça das alterações climáticas, com espécies adequadas a cada território e que também se relacionam com atividades económicas diversas que permitem às pessoas terem rendimento no meio rural”, disse à Lusa, Beatriz Xavier, da organização.
O manifesto que convoca o protesto é assinado por mais de 60 cidadãos, de diferentes idades e profissões, que apelam “a um sobressalto cidadão contra o risco gigante que Portugal corre enquanto país perante a crise climática e uma floresta explosiva ao serviço da indústria da celulose”.