Foram dias e noites em que a zona ribeirinha do Choupal acolheu milhares de forasteiros que fizeram questão de vibrar e aplaudir o ritmo dos artistas que subiram ao palco e ainda de desfrutar de um espaço de eleição, onde se recriaram aspetos do quotidiano das vivências celtas.
A edição deste ano – que registou um enorme sucesso – apresentou um programa abrangente e diversificado, com performances descentralizadas em vários espaços da vila de Ponte da Barca, como que convocando as pessoas para o espaço central do evento.
Para além do cartaz musical, o Festival ofereceu uma Feira Celta, com diversos produtores de cerveja artesanal, licores, vinho, queijo, enchidos, sabonetes artesanais, entre outros produtos manufaturados, e também uma área de restauração, que proporcionou aos visitantes uma oportunidade para jantar e/ou petiscar.
A tarde de sábado ofereceu, por sua vez, um conjunto alargado de atividades inspiradas na cultura celta e, acima de tudo, dinamizadas, com grande entusiasmo, pela “prata da casa”, merecendo um forte aplauso o envolvimento e compromisso dos jovens.
Deste leque de atividades, destaque para a pintura de um mural a cargo do grupo de jovens “SALGA”, a reconstrução de um canastro por Armando Carriça, e a sessão de meditação “conexão com a essência da energia celta” com música celta, orientada por António Pedro Martins.
Música de grande qualidade
No que à vertente musical diz respeito, esta edição do Folk Celta colheu também o aplauso geral, tal a qualidade dos artistas que subiram a palco, conquistando a adesão do numeroso público que encheu o Choupal nas noites de sexta e de sábado.
De facto, nem o tempo algo chuvoso que se registou na sexta à noite desmobilizou os entusiastas do festival e ainda bem, pois tiveram oportunidade de ver e de aplaudir três atuações de grande qualidade: Böj, Galandum Galundaina e Budiño.
No sábado, quem começou por encher e aquecer o palco com uma grande energia foi a Academia Dance Fuel, que ofereceu ao público um animado espetáculo de artes performativas, seguindo-se a atuação de mais três grupos de eleição: Retimbrar (que contou com a participação especial dos Gaiteiros de Bravães), Jesús Del Castillo e SAL.
No intervalo de cada uma das atuações, o público teve oportunidade de apreciar atividades de animação, com música e dança, e ainda as sempre aguardas performances com tochas a arder.
Sempre com entrada livre, a XVI edição do Folk Celta chegou ao fim. O balanço claramente positivo constitui mais uma responsabilidade acrescida e um desafio para o futuro, no sentido de se continuar a apostar no reforço da marca identitária do festival, mediante um programa abrangente e diversificado.