“A escrita tem de ser um motivo para viajar. Queremos transformar leitores em turistas que gostam de andar devagar pelo campo”, explicou Vitor Paulo Pereira à segunda figura do Estado português: “queremos que a Casa Grande de Romarigães seja uma casa de literatura, uma casa de cultura que sirva para promover o nosso território e a obra literária de Aquilino Ribeiro”, realçou.
Acompanhado pelo presidente da Câmara, bem como de outros elementos do executivo como os vereadores Tiago Cunha e Maria José, Augusto Santos Silva foi também ciceroneado pelo neto do escritor, Aquilino Machado, que para além de lhe mostrar alguns dos manuscritos pertença de Aquilino Ribeiro, mas também a sua máquina de escrever e caneta, partilhou também memórias do escritor que passou largos períodos nesta casa e sobre a qual projetou a história das sucessivas gerações que a habitaram, tornando-a num dos livros mais marcantes da literatura portuguesa do século XX.
O presidente do Parlamento inteirou-se dos propósitos do Município na reabilitação deste espaço, só possível pela estreita colaboração com a família do escritor Aquilino Ribeiro, detendo-se a contemplar a fachada barroca da capela, como qualquer um dos que visitam esta preciosidade do património edificado no concelho de Paredes de Coura.
Acompanhou Augusto Santos Silva nesta visita à reabilitada Casa Grande de Romarigães o deputado Tiago Brandão Rodrigues, o que releva a importância deste novo espaço cultural, que tanta história transpira sobre este lugar e os courenses, mas também o universo literário de Aquilino Ribeiro e a sua relação com a natureza.