A Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC) reagiu, em comunicado, ao anuncio do governo em reduzir o custo em algumas ex-SCUT (autoestradas sem custos para o utilizador).
Numa nota enviada à imprensa pelo seu presidente Manuel Cunha Júnior, a AEVC começa por dizer que “o Governo de Portugal teimosamente continua a desprezar Viana do Castelo e o Alto Minho. O nosso veemente protesto pela continuada discriminação a quem aqui reside, investe ou trabalha. A história é longa, os episódios já demasiado vistos . Com o objetivo inconfessável, vamos lá saber por quê, de perpetuar Viana do Castelo e o Alto Minho nos últimos lugares do ranking da mobilidade e acessibilidade dos distritos de Portugal. Não bastava o arrastamento , para alguns eterno, da conclusão da A28 até Valença, com claro favorecimento de outros territórios em detrimento de uma Região que pretende maior coesão territorial e mais justa repartição da riqueza.”
Depois a AEVC faz questão de lembrar o histórico desta questão, referindo que “Viana do Castelo e o Alto Minho têm sido constantemente penalizados . Em 2011, com a introdução de portagens. Mais tarde, em 2016, com a não inclusão num regime complementar de redução das taxas de portagem então praticados em lanços e sublanços de cinco autoestradas. Agora ,em Setembro de 2023, com o objetivo de “repor a justiça territorial”, a A28 não está incluída nas autoestradas que vão ter as portagens reduzidas em 30%.”
Por isso, segundo a AEVC é hora de dizer “basta de ignorar uma Petição , apresentada em Novembro de 2017 na Assembleia de República, de mais sete mil Empresários, Trabalhadores, Autarcas e Residentes de todo o Alto Minho. Basta de ignorar as pretensões de Empresários e Trabalhadores, em que muitos deles diariamente se deslocam para a maior zona industrial de Viana do Castelo e da Região.. Basta de ignorar a intensidade e importância da relação e movimento transfronteiriço. Basta de ignorar as legítimas e justas reivindicações , nomeadamente em matéria de acessibilidades e mobilidade, dos Vianenses e Alto-Minhotos.”
Conclui com uma exigência “a reavaliação desta atual decisão, a eliminação do pórtico 4 da A28 ou a sua relocalização e , porque demasiado importante para a nossa Região e de tal não abdicamos, a conclusão da A28 até Valença.”
Lembre-se que esta semana, o governo anunciou redução no custo de algumas portagens. A medida do Governo aplica-se às autoestradas A22 (Via do Infante/Algarve), a A23 (Beira Interior), a A24 (Interior Norte), a A25 (Beiras Litoral e Alta), a A4 (Túnel do Marão), a A13 e A13-1 (Pinhal Interior)”, anunciou a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.