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25 Set 2023

Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo “instala-se” em Paredes de Coura

Pedro Xavier

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A Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo vai instalar-se por estes dias em Paredes de Coura, para apresentação de duas obras: 'AmarAmália', de Vasco Wellenkamp, na próxima sexta-feira, 29 de setembro (22h00), e 'Pic Nic', de Cláudia Sampaio, no programa família a 1 de outubro (15h30), bem como o workshop de dança para crianças/jovens, no sábado, 30 de setembro, sempre no Centro Cultural. Por sua vez, 'Pic Nic' como espetáculo de dança contemporânea será também apresentado na quinta-feira, dia 28, nos Jardins de Infância e 1º e 2º ano do Primeiro Ciclo

Uma oportunidade única para ver uma das melhores companhias de bailado contemporâneo, ao ponto do ‘AmarAmália’, em 2004, ter sido considerada pelo prestigiado jornal New York Times “entre o que melhor se viu na temporada”, da mesma forma que venceu o prémio do público para melhor espetáculo de dança na Holanda com ‘Fado, Ritual e Sombras’.

Por sua vez, em 2011, três dos bailarinos da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo integraram a lista dos cem melhores bailarinos do mundo por um Júri Internacional reunido em Londres, sublinhando a excelência de uma companhia que desde a sua fundação tem atuado não só por todo o país, mas também na programação de vários teatros internacionais, tais como no Brasil, Itália, Espanha, Áustria, Alemanha, Luxemburgo, EUA, China, Israel, Holanda e Coreia do Sul.

AmarAmália – Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo

As hipóteses sobre a origem do Fado são muito diversas. Para uns, as suas raízes estão no Oriente, para outros nas canções dos escravos levados para o Brasil que cantavam ao ritmo murmurante do oceano. Gosto da imagem nostálgica de um Fado nascido em alto mar. Mas, enquanto coreógrafo, o que me seduz é sobretudo a emoção e a força dramática com que chegou até nós na voz divina de Amália. Neste ano em que se celebram os cem anos do nascimento de Amália Rodrigues, não podia deixar de me associar a estas tão merecidas comemorações com a alegria de voltar ao palco da Fundação Gulbenkian com uma obra que marcou uma fase tão importante da minha carreira. O processo de trabalho dessas obras teve sempre, do ponto de vista musical a mesma linha de organização: os fados escolhidos foram enquadrados numa malha musical formada por uma colagem de diversas obras musicais que surgirão nos interstícios.

AMARAMÁLIA 2020 começará como uma projeção imaginária, uma cerimónia sem tempo e personagens definidas. O seu espaço tanto poderá ser a geometria obscura das vielas e tabernas de Lisboa na sua penumbra habitada, como uma janela debruçada sobre a claridade de um lugar sem nome. As flutuações do destino e das paixões humanas, a tristeza, a separação, a estranheza, o voo e o grito pela liberdade, ressurgirão como a expressão de um sentimento de vida incerta. O discurso teatral acompanhará o espírito de cada um dos poemas escolhidos, ao mesmo tempo que se abandonará à voz de Amália, à sua emoção e às suas múltiplas interpretações, como matéria-prima do seu sentido e da sua própria expressão coreográfica. O que, principalmente, me move ao abordar esta nova obra é prestar uma homenagem sincera a essa extraordinária e inesquecível Artista que tornou o fado universal e orgulho do nosso povo.

Pic Nic – Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo

E se de repente os alimentos ganhassem vida? Se em vez de falar, dançassem? Se em vez de se abanar com o vento, sorrissem? Se em vez de estar sozinhos, fizessem amizade com uma menina? Nesta história, ilustram-se outras pequenas estórias que estimulam a imaginação relativamente aos princípios de uma alimentação saudável. Tudo pode acontecer num piquenique mágico, onde os alimentos saudáveis da merenda se personificam e ganham vida própria. Neste diálogo criativo pela linguagem da dança, a menina ganha novos amigos e um novo interesse numa alimentação saudável e equilibrada. Os bailarinos expressam-se numa linguagem corporal contemporânea, que levará a uma relação inesperada dos alimentos com uma menina, da mesma forma que incute nas crianças valores tão essenciais como o companheirismo, a tolerância e o valor de uma alimentação saudável.

Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo

A CPBC, fundada em 1998 por Vasco Wellenkamp e Graça Barroso, foi criada como uma Companhia de Repertório original, na linha técnica e estética do Ballet Gulbenkian. Até ao presente, estreou mais de oitenta obras. Desde a sua fundação tem atuado não só por todo o país, mas também na programação de vários teatros internacionais, tais como: Brasil; Itália; Espanha; Áustria; Alemanha; Luxemburgo; EUA; China; Israel; Holanda e Coreia do Sul.

Foi considerada pelo New York Times “entre o que melhor se viu esta temporada” no ano de 2004, com a peça AmarAmália; venceu o prémio do público para melhor espetáculo de dança na Holanda com Fado, Ritual e Sombras e em 2011, três dos seus bailarinos integraram a lista dos cem melhores bailarinos do mundo por um Júri Internacional reunido em Londres.

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