O primeiro dia de paralisação vai contar com uma ação de protesto junto à porta do Ministério da Saúde, uma iniciativa vai contar com a participação de cerca de meia centena de médicos de Viana do Castelo, como deu conta Paulo Passos, dirigente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM).
De acordo com o responsável, a greve de dois dias “deverá encerrar todos ou grande parte dos blocos operatórios e irá afetar também cerca de 70 a 80% das consultas externas, para além das altas médicas para os doentes que estão internados”.
A FNAM responsabiliza o Ministério liderado por Manuel Pizarro pelo “dominó de tragédias anunciadas e potenciais eventos fatais que venham acontecer, tendo em conta o encerramento dos Serviços de Urgência de norte a sul do país” .
Acusa ainda a tutela de demonstrar “total incapacidade para resolver problemas de gestão institucionais, de norte a sul do país, como a manutenção de um Conselho de Administração (CA) da ULSAM (Unidade Local de Saúde do Alto Minho) que está em funções irregulares desde 2019, dando aval a diretores de serviço arrogantes que visam o assédio moral de forma sistemática, e que ficará reduzido a dois elementos com a demissão da Diretora Clínica e de Enfermagem.”, pode ler-se num comunicado enviado à Rádio Alto Minho.
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, propôs um suplemento de 500 euros mensais para os médicos que façam urgência e a possibilidade de optarem pelo regime das 35 horas semanais. A Federação Nacional dos Médicos ( FNAM) diz que houve uma evolução na nova proposta mas que não é suficiente.