2023 não foi diferente dos últimos anos, com milhares de voluntários e centenas de entidades a mobilizarem-se em defesa do oceano e no combate ao lixo marinho, participando numa semana de ações de limpeza terrestre e subaquática de Norte a Sul do país e nas ilhas dos Açores e da Madeira. Entre 16 e 24 de setembro, decorreram mais de 250 ações de limpeza, que envolveram cerca de 450 entidades de todo o país, entre ONG, escolas de surf e movimentos de cidadãos. Ao todo, segundo a Oceano Azul, foram recolhidas mais de 37 toneladas de lixo marinho.
Até 29 de setembro, destaque ainda para os mais de quatro mil alunos e professores, num total de cerca de 200 turmas do programa Educação para uma Geração Azul (EGA), que participaram em ações de limpeza.
Diana Vieira, Gestora de Projetos da Fundação Oceano Azul, parabeniza todos os envolvidos nas ações desenvolvidas e refere que o aumento dos números registados “mostra que o envolvimento da sociedade em torno da problemática do lixo marinho e da proteção do oceano é cada vez maior”, defendendo ainda que ” a quantidade de lixo recolhido mostra a importância de continuar o trabalho.”
O contador de lixo disponibilizado no site Fundação Oceano Azul registou, entre 2019 e 2022, mais de 250 toneladas de lixo marinho recolhido em Portugal, com o envolvimento de mais de 34 mil voluntários em cerca de 1600 ações.
Em média, 14 milhões de toneladas de plástico invadem o oceano todos os anos. A atividade humana em terra é responsável por 80% dos lixo encontrado nos ecossistemas marinhos, sendo que apenas cerca de 20% provém de atividades diretamente ligadas ao mar. Esta situação provoca efeitos devastadores na vida marinha e na humanidade.
A sensibilização da sociedade para a dimensão desta questão é fundamental, sendo as ações de limpeza terrestres e subaquáticas, que não se limitam ao âmbito do Dia Internacional de Limpeza Costeira, um veículo crucial para divulgar esta mensagem.