Portugal passeia na Bósnia

Sem a pressão do resultado, Roberto Martinez montou um onze inicial com quatro mudanças face ao jogo frente à Eslováquia. António Silva, Palhinha, Bernardo Silva e Gonçalo Ramos deram lugar a Gonçalo Inácio, Danilo, Otávio e João Félix. Nada que diminuísse a qualidade da equipa, naturalmente.

O jogo começou com aproximações de ambas as equipas às áreas adversárias. Numa dessas primeiras oportunidades, a seleção portuguesa conquista grande penalidade. Rafael Leão entra na área e deixa em João Félix, que remata contra o braço de Barisic.

Aos  20′, o melhor marcador da história de seleções bisou e deu maior conforto à equipa portuguesa, num lance inicialmente invalidado por fora de jogo. A jogada começa em Gonçalo Inácio, o central coloca em Félix, que isola o capitão nacional.

Se Portugal já estava com o jogo na mão com o bis de Ronaldo, as dúvidas quanto ao vencedor do jogo ficaram desfeitas quando, cinco minutos depois do segundo golo, surgiu o terceiro. E que grande golo de Bruno Fernandes! Gonçalo Inácio, com um passe de enorme qualidade, coloca a bola nas costas da defesa bósnia. Bruno Fernandes faz um domínio orientado com o peito e fuzila a baliza de Sehic.

O vendaval de golos não parecia querer abrandar. Aos 32′, João Cancelo começa e acaba a jogada do terceiro golo. O lateral, que hoje alinhou do lado esquerdo, coloca a bola em Bruno Fernandes, que perde o timing de remate, mas consegues ir à linha colocar a bola à entrada da área, onde surge Cancelo que, com um remata colocado, marca o quarto golo português.

O árbitro auxiliar voltou a anular um golo ao ataque de Portugal, mas o VAR confirmou mesmo a mão cheia de golos da seleção nacional. Arrancada de Otávio sobre a direita, que coloca em Félix, no centro da área. O avançado que representa o Barcelona só teve de escolher onde colocar a bola, num lance em que o desacerto da defesa bósnia ficou evidente.

O melhor que a Bósnia e Herzegovina conseguiu durante a primeira parte foi um cruzamento sobre a direita, facilmente defendido por Diogo Costa.

Na segunda parte, o jogo mudou drasticamente. A Bósnia e Herzegovina tentou esboçar uma reação, mas as raras aproximações à área não trouxeram perigo à baliza de Diogo Costa. Portugal continuou a dominar a posse de bola, mas criou pouco e o resultado não sofreu mais alterações.

De destacar a entrada de Pedro Neto aos 65′. O extremo natural de Viana do Castelo foi a jogo com Diogo Jota para os lugares de Rafael Leão e Cristiano Ronaldo. Esta foi a quinta internacionalização do jovem de 23 anos.

Com esta vitória, Portugal chega aos 24 pontos. Ficam a faltar apenas dois jogos para concluir uma qualificação já fechada para a seleção portuguesa. Resta saber se na próxima paragem internacional Martinez irá aproveitar para testar alternativas ao leque de jogadores que compõem o núcleo duro, ou se irá optar por manter a estratégia atual. Certo é que o objetivo de fazer uma qualificação 100% vitoriosa é uma realidade cada vez mais provável, o que seria um feito histórico.