A primeira palavra da lista é “clima”, justificada pelos fenómenos meteorológicos extremos, como ondas de calor, tempestades, secas e inundações que afetaram o país.
Outro vocábulo é “conflitos”, tendo em conta o contexto na Ucrânia e no Médio Oriente, que “agravam a crise humanitária global”, escreve a Porto Editora em comunicado.
Segue-se “demissão”, escolhida pela “demissão inesperada do primeiro-ministro” que “provocou uma crise política inédita em Portugal”.
A quarta palavra é “habitação”, justificada pela “escassez de casas, o aumento das taxas de juro e o valor das rendas” que “motivaram manifestações pelo acesso à habitação”.
Na lista segue-se “inflação”, justificada pelo “aumento generalizado do preço de bens e serviços afetando diretamente o poder de compra dos portugueses”.
Ordenadas por ordem alfabética, a palavra seguinte é composta, “inteligência artificial”, justificada pela generalização do acesso à inteligência artificial, levantando “questões sobre os riscos e oportunidades do seu uso”.
Do elenco de palavras candidatas constam ainda “jornada”, “médico” e “navegadoras”.
“Jornada” pelo facto de se ter realizado, em agosto, pela primeira vez em Portugal, a Jornada Mundial da Juventude, na qual esteve presente o Papa Francisco, que visitou o país pela segunda vez.
“Médico”, pelo facto de os “médicos continuarem a reivindicar melhores condições de trabalho no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, e “navegadoras”, nome pelo qual são conhecidas as jogadoras da seleção nacional de futebol feminino, que este ano participaram pela primeira vez no Campeonato do Mundo da modalidade.
Outra categoria profissional que faz parte da lista é a de “professor”, também devido às “centenas de protestos por todo o país” pela “valorização da profissão”.
A lista de palavras finalistas foi elaborada através das sugestões enviadas, das mais pesquisadas no dicionário de língua portuguesa da Infopédia e do “acompanhamento da realidade da língua feito pela Porto Editora”.
A “A Palavra do Ano” existe há 15 anos. Em edições anteriores saíram vitoriosas as seguintes palavras: “guerra” (2022), “vacina” (2021), “saudade” (2020), “violência doméstica” (2019), “enfermeiro” (2018), “incêndios” (2017), “geringonça” (2016), “refugiado” (2015), “corrupção” (2014), “bombeiro” (2013), “entroikado” (2012), “austeridade” (2011), “vuvuzela” (2010) e “esmiuçar” (2009).